Bom, já lá vai muito tempo. Tenho raízes nesse mundo rural, que não perdi, e que procuro a manter, indo quase todos os fins de semana à aldeia onde vi a luz pela primeira vez. É evidente que, atualmente, esta povoação mostra certos benefícios do progresso, pelo que está muito diferente do que era nesse tempo. Lá vivi com os meus irmãos, gozando de liberdade, da paz dos campos, e crescendo ao ritmo da passagem das estações: verões quentes e o frio de inverno que enregelava a alma. Depois da primária, saí da aldeia para poder continuar os meus estudos. Praticamente nunca mais lá vivi em permanência, exceto nas férias escolares. Como já disse, atualmente, visito-a nos fins-de-semana e é lá que retempero o corpo e a alma para o trabalho quotidiano. Efetivamente as minhas raízes estão lá e é natural que o meu gosto pela música venha desse tempo: lá existe uma coletividade musical, que é a Banda 25 Março.
Como é que foi a sua infância, as suas brincadeiras, em Lamas?
Eram iguais às de todas as crianças da aldeia, portanto, jogar a bilharda, ao pião… nas ruas enlameadas no inverno, com muito pó no verão, e era assim que nós brincávamos… Não havia televisão, nem computadores, nem vídeo jogos, e por isso era preciso recorrer ao engenho de cada um para criar as nossas próprias brincadeiras, coisa que agora está muito longe de acontecer.
Como era ser estudante no seu tempo?
Posso distinguir duas etapas na minha vida de estudante: a fase antes do 25 de Abril e uma segunda fase, pós 25 de Abril. A primeira, sob o regime salazarista, durante a qual frequentei o liceu– Meninas de um lado, rapazes do outro -; Muito respeitinho, meninos! Calem-se, está ali o reitor!
Houve mudanças profundas mas de qualquer forma, mesmo após o período quente da “revolução”, ser estudante e querer passar requeria trabalho e nem sempre se obtinham as classificações que se desejavam.
É professor do primeiro ciclo. Neste tempo em que os professores estão a ser muito mal tratados, é um ato de coragem, não lhe parece?
Bom, é uma questão muito badalada e atual e torna-se-me difícil responder assim tão linearmente. Não estava à espera dessa pergunta. É evidente que há várias opiniões que é bom, que é mau, mas o que lhe garanto é que estamos a passar uma fase difícil, principalmente aqui, no interior, já que o despovoamento é elevado. O nosso Nordeste carece de crianças, logo, as escolas rurais praticamente estão abandonadas. Ora, ao encerrar essas escolas primárias, é o lugar de muitos professores que se extingue, provocando excesso de professores no distrito de Bragança. Há muitos colegas meus que não veem qual será o seu futuro e, claro, isso preocupa-nos porque por muito que a senhora ministra diga que não vamos ficar desempregados, a probabilidade de tal acontecer é grande, não se vislumbrando um lugar de emprego nesta região; logo, quem tem vida fixa no Nordeste Transmontano, e de um momento para o outro se vê obrigado a ir trabalhar para o litoral, isso significa uma grande volta na vida, muitos transtornos, muitas viagens, mais despesas…é evidente que não é fácil. Olho para tudo isto com muita apreensão e temo que não se encontrem soluções que sejam vantajosas para ambas partes.
A música está presente na sua vida há muito tempo, já é, portanto, um amor muito antigo. Fale-nos da sua relação com a música.
A música foi um “hobby” que eu tive desde de pequeno, sempre gostei muito de ouvir música. Numa primeira fase, quando tinha os meus 10/12 anos, gostava muito de ouvir música gravada em “cassettes”, depois vieram os discos de vinil; fui acompanhando sempre todos os géneros de músicas e mais tarde, quando nos meus 18/ 20 anos, fiz parte de uma banda musical de rock, de Macedo de Cavaleiros, que se chamava SANAB’AZAF, em que um grupo de jovens tentou fazer um pouco de música e adaptar aquele género ao rockportuguês que surgia na época; fizemos vários concertos e a banda durou três anos. Este grupo em que me incluo tinha a particularidade de fazer música original, sendo que dois dos jovens mostravam grande apetência pela música: faziam letras e musicavam-nas mas dentro do estilo rock. Não tivemos grande saída porque o rock dava os primeiros passos e quando íamos fazer os nossos concertos, nos arraiais dos dias de festa das aldeias, o povo queria muito mais a música popular corrente, e rock, mesmo “hard rock”, diziam, era barulho de mais e, assim, tivemos de mudar um pouco a nossa política musical e passar para a música mais popular, habitual nos ambientes festivos rurais, que, mais tarde, por motivos vários, também deixou de interessar ao grupo. Depois, vim para Bragança, para frequentar o Magistério e, portanto, a música ficou um pouco ao lado, pelo menos nessa vertente… Essa vertente elétrica. Mais tarde, entrei noutro grupo cá de Bragança - Cantus Noster -, que se dedicava à música tradicional portuguesa, principalmente à música tradicional transmontana.
Fale-nos também desse período de trabalho com o Cantus Noster.
Era um grupo agradável, em que praticamente todos éramos alunos da Escola de Magistério Primário e tínhamos como orientadores o professor Francisco Prada e o professor Egídio, que ainda anda por cá nessa área musical. Interpretávamos, essencialmente, música tradicional transmontana. Se não me engano, estive três anos nesse projeto, que teve “pés para andar”, mas acabou praticamente sem motivo, deixando um grande vazio na música tradicional e na cidade de Bragança. Defendo que a Cidade merecia um grupo desse género, e posso dizer que, enquanto durou, tentámos levar a música tradicional transmontana a vários pontos do país e mesmo do estrangeiro.
Além da música que o Cantus Noster valorizou, esse grupo dedicou também grande apreço aos instrumentos tradicionais como o bombo, a gaita-de-foles, a flauta e outros. Neste momento, o Galandum Galandaina é um bom exemplo do futuro da nossa música tradicional?
Sim, sem dúvida. Acho que já ganhou um lugar de destaque na música tradicional transmontana, principalmente na música mirandesa e nos instrumentos tradicionais como a gaita-de-foles e em que há também percussões ligadas à música mirandesa. Creio que já tem lugar de destaque, não só a nível regional mas, atrevo-me a dizê-lo, também a nível nacional.
É membro do Coral Brigantino Nossa Senhora das Graças desde 1992, onde tem ocupado, para além de cantar, cargos de direção. Neste momento, é Presidente. Fale-nos desse tempo.
Bom, em 92, após a minha saída do Cantus Noster, alguns dois ou três anos depois, havia na cidade o Coral Brigantino. Nos seus primeiros anos de vida, digamos assim, tive conhecimento dele, fui lá, ouvi um pouco, gostei, fiz-me sócio e entrei para a coletividade. Decidi participar no coro e a partir daí decorreram todos estes anos até hoje. Como uma associação necessita de corpos gerentes, senti-me impelido a ajudar -e não é fácil fazer navegar um barco destes. Acabei por entrar para a direção em que desempenhei vários cargos, até me caber esta função de presidente. No nosso coral vamo-nos revezando, pois, penso eu, em todas as associações a coisa mais difícil é a disponibilidade dos corpos sociais, porque dificilmente alguém quer assumir esses cargos devido aos grandes problemas que vão surgindo e que urge resolver, o que pressupõe muito tempo livre, já para não falar na parte económica, que dá muitas dores de cabeça… Qualquer associação necessita de uma base financeira e se não houver essa sustentabilidade, é muito difícil, até diria, impossível a associação sobreviver.
Aproximam-se agora as bodas de prata. O que pretendem fazer para comemorar este aniversário?
Para as bodas de prata ainda faltam dois anos mas é evidente que têm de ser planeadas com muita antecedência. De facto, até já pensámos nisso. Começámos a traçar planos, estamos numa fase de estudo. Concretamente, ainda não temos nada no papel, porque estes planos a prazo têm de ser muito pensados e obrigam a jogar com vários tabuleiros ao mesmo tempo. Teremos de fazer um planeamento concertado e, embora já haja muitas ideias, desde homenagear os coralistas que já não estão entre nós, assim como os nossos diretores artísticos (maestros) que já passaram pela associação e mesmo os próprios fundadores. Alguns deles, embora já não façam parte da associação também merecem o nosso louvor por lhes terem dedicado muito do seu tempo. Depois, a nível cultural, vai ser um ano em que tentaremos primar. Apesar de a associação ter projetos pensados anualmente, para comemorar esta data queremos fazê-lo de uma forma mais viva e com grupos de maior excelência, apesar de a associação tentar trazer sempre à nossa terra grupos com qualidade. Poderá também passar talvez pela edição de um cd, do Coral Brigantino ou do Coral Brigantino Infantil. Como até lá ainda há-de correr muita água debaixo das pontes, nestes dois anos vamos estudar melhor as hipóteses que nos merecerem mais crédito. E estar, obrigatória e prudentemente, muito atentos também ao que as condições económicas permitam.
Há cerca de 10 anos foi criado o Coral Brigantino Infantil, que tem tido muito sucesso. Fale-nos disso.
A ideia do Coral Brigantino Infantil já nos tinha ocorrido há uns anos. Apercebemo-nos de que tínhamos necessidade de termos um viveiro, a gente chama-lhe um viveiro de vozes, para suprir faltas no coro dos adultos e, portanto, a melhor forma seria criá-las na própria casa, incentivar nas crianças o gosto pela música polifónica, porque criando-lhes o“bichinho”, depois é difícil querer perdê-lo… aprende-se a gostar deste tipo de música e, efetivamente, criam-se raízes. Daí à fundação do coral infantil foi um passo. Em 96, lançámos o repto à população brigantina e apareceram em pouco tempo perto de 40 crianças. A partir daí estava meio caminho andado; as crianças que gostavam de música ficaram, o maestro começou a trabalhar… e foi ver o Coral Brigantino Infantil a subir, a subir…
Quantos membros fazem parte desta instituição?
Atualmente, esta associação é constituída por várias componentes: o Coral Brigantino propriamente dito, o Coral Brigantino Infantil e, depois, temos sempre na forja, digamos assim, porque não estão em atividade, o Pedra de Ara, que é um grupo que criámos por força das circunstâncias. Como, por vezes, temos saídas ao estrangeiro e dentro dos próprios elementos do coro há quem toque um ou outro instrumento, ensaia-se durante algum tempo e prepara-se um espetáculo de música tradicional portuguesa. O mesmo se passa com o Viva Voz, que também faz representações de temas culturais, espetáculos que atualmente já não são muito usuais. Gostaríamos de apresentar um espetáculo ligando o teatro e a música, que faça entender o que se passava nas aldeias, como por exemplo no caso dos serões transmontanos, por ocasião das ceifas, o cantar das almas no período da Quaresma, partindo das recolhas em nosso poder, o que dá ao nosso trabalho um cunho etnográfico, que era pena não aproveitar. Não tendo membros fixos, são, no entanto, componentes que podem surgir de um momento para o outro dentro da associação. Resumindo, temos os sócios ativos, que são aqueles que estão na associação e fazem parte tanto do coro adulto como do infantil e também há sócios não ativos que colaboram com o coro, quando solicitados, nas atividades que promove.
Quantos membros tem, mais ou menos, a vossa instituição?
Sócios ativos são 40, no coral adulto, e no infantil, neste momento, há 34. Na globalidade rondam os 150 sócios, não é muito mas consideramos que se trata de um número considerável.
Tendo em conta a situação atual, se calhar é bom. Quais são os tipos de música interpretados pelo Coral Brigantino?
O coral adulto engloba todos os géneros desde o popular ao clássico, passando pelo sacro, espirituais negros, qualquer género de música que seja adaptável à música polifónica; no respeitante ao infantil, há também a vertente polifónica, já não a cappella, embora surjam temas que interpretam sem fundo musical. Contudo, no infantil trabalhamos mais com fundo musical, embora nos primórdios do Coral Brigantino Infantil tivéssemos só trabalhado a cappella, “sem rede”,como nós dizíamos.
Como se faz uma selecção de membros para os dois coros?
Esse trabalho é da responsabilidade da direção artística, passa pelos maestros. Primeiramente, há uma inscrição prévia, depois os maestros ouvem esses “noviços”, passam a ir aos ensaios, e à medida que se vão fazendo ouvir, dependendo das suas qualidades vocais, podem ou não ser convidados a ingressar no coro. Conforme a voz, serão distribuídos como primeira (sopranos), segunda (contraltos), terceira (tenores) ou quarta (baixos) vozes. É evidente que isto é trabalho do diretor artístico.
Quem é o maestro responsável atualmente?
O maestro, ele não gosta muito que lhe chamem maestro, prefere a designação de director artístico, é o Dr. Armindo Rodrigues, e do infantil é a Professora Natália Lourenço.
O Coral Brigantino tem feito muitas apresentações em Portugal e no estrangeiro. Qual dessas viagens na sua opinião foi a mais importante para o grupo?
Bem, importantes foram todas, porque cada viagem é uma história vivida na totalidade por todos os membros. Para referir uma, em particular, lembro-me especialmente da que fizemos a Salamanca, cidade universitária tão célebre pela sua monumentalidade e, no que toca a música, também famosa pelos seus coros. Se não estou em erro, foi em 94 ou em 96, já não estou bem certo. Portanto, Salamanca é uma cidade universitária com grandes coros e que nos acolheu com muito entusiasmo. Como foi a nossa primeira saída, deixou-nos uma impressão indelével. A partir daí foram umas atrás das outras, a várias cidades de Espanha, também de França - e fomos sempre muito bem recebidos - que nos marcaram muito e sempre pela positiva. Claro que a maioria das saídas é feita no país, e também guardamos das que já realizámos as melhores impressões.
A nível da recolha da música tradicional, foi necessário vir um estrangeiro, Michel Giacometti, para que se desse à nossa música tradicional o merecido valor. Para quando a verdadeira valorização da música tradicional de Trás-os-Montes?
Isso não depende de nós. Nós, como coro, cantamo-la e estamos a fazer dela porta-bandeira, só que nós cantamos música polifónica, e isso implica que esteja adaptada a quatro vozes ou três, no mínimo, e portanto terão de ser os musicólogos a fazerem as devidas e necessárias adaptações. Michel Giacometti, Lopes Graça e outros deixaram-nos trabalhos admiráveis, adaptações e originais de peças de música tradicional, a transmontana englobada. Nós fazemos, sempre que podemos, porta-bandeira da música da nossa terra, e neste momento estamos a preparar um reportório baseado na música popular transmontana, desde terras de Miranda até Vinhais, que passa por todo o distrito e que já estáharmonizada. O que ouvimos no início desta entrevista, o Galandum, é do Sr. Beça, que é natural de Miranda do Douro. Cantamos várias músicas de Miranda do Douro e temos também outras de Lopes Graça, que estamos a ensaiar para apresentar ao público.
A recolha das letras está feita. Fazem a música?
Limitamo-nos a cantar, sendo óbvio que a recolha já existia, tendo sido feita por vários musicólogos, como já antes disse.
Conforme são cantadas nas regiões de onde são originárias, não é?
Claro que terá como base essa recolha, depois o musicólogo faz a adaptação às várias vozes; como se trata de textos musicais para serem interpretados sem fundo musical, isto é, a cappella, esse trabalho tem de ser forçosamente feito por musicólogos.
O maior instrumento de todos é a voz...
Sim, a voz humana é um instrumento único susceptível de evoluir e de se aperfeiçoar desde que quem a usa saiba torná-la ágil e expressiva. Se o cantor possuir dons naturais, então, estes só irão progredir se treinados e aperfeiçoados até à exaustão, como acontece no desporto de alta competição.
Em sua opinião, o que se poderá fazer para que a música tradicional de Trás-os-Montes, juntamente com os seus instrumentos musicais próprios, não se percam na voragem dos tempos?
No que respeita à música transmontana, a nível local, acho que já temos um excelente contributo conseguido pelo grupo Galandum Galandaina de que já falámos há pouco, e creio mesmo que há uma editora - Sons da Terra -, portanto, já está a fazer-se um grande trabalho nesse sentido, com a recolha direta dos próprios instrumentistas que existem nas aldeias, e já de idade avançada. Tenta-se gravar e registar para a posterioridade músicas que iriam perder-se no tempo se não fosse essa recolha. Penso que está a ser feito um trabalho digno de registo; depois de estar feito esse trabalho, será mais fácil mantê-los vivos. Sirva de exemplo o que acontece com a gaita-de-foles, que tem vindo a rejuvenescer porque já há muitos instrumentistas jovens a praticá-la.
Às vezes, também é preciso desviar os jovens de outros caminhos para os levar para estas tradições que nem sempre são tão apelativas como ir ao cinema, a um concerto, a um teatro, não é?
Também é verdade. Sentimos isso na nossa associação, os elementos jovens são poucos, embora já tivéssemos menos, tendo surgido agora uma camada mais jovem. De qualquer modo, é sempre difícil convencer a juventude a cultivar o legado antigo, mas penso que há associações que estão a trabalhar para debelar essa falha, conseguindo chamar mais gente jovem para reavivar essas tradições e não deixar perdê-las.
Quais são os projetos do Coral Brigantino para o imediato?
Para o imediato, para além dos concertos habituais, temos o nosso plano normal de atividades: estamos a levar a efeito o que chamamos Outono Polifónico, abrangendo os meses de outubro e novembro, que são os meses que correspondem à formação da associação e seus componentes, que consiste em divulgar a música polifónica na nossa cidade e também no concelho, com concertos tanto na cidade como no meio rural. Este ano vamos expandi-lo ao meio rural. O Outono Polifónico leva, assim, essa vertente cultural também às aldeias. Havendo nas aldeias muita gente que canta, é bom mostrar-lhe e dar-lhe a conhecer que, efetivamente, cantar faz bem, e portanto vale a pena motivá-la para que continue e para evitar que se extingam os poucos grupos corais que ainda existem nas aldeias.
Basta ouvir o programa do tio João para se constatar isso.
É verdade.
É uma das maiores recolhas que se podem fazer de culturas regionais e de Trás-os-Montes.
Habitualmente, é difícil gerir uma associação como o Coral Brigantino. Que tipos de apoios recebem?
Não é fácil, porque os nossos concertos implicam mobilidade, e para nos deslocarmos temos de ter transporte. Como são muitos os elementos a transportar, é necessário um autocarro, por vezes as saídas prolongam-se por mais de um dia, portanto fica dispendioso. Como gerir tudo isso? A nossa associação é uma coletividade sem fins lucrativos, que sobrevive porque tem o apoio da Câmara Municipal, aliás já há vários anos; existe um protocolo celebrado entre as duas entidades e mediante o subsídio que nos fornece nós fazemos um determinado número de espetáculos no concelho e na própria cidade. Também, por vezes, a INATEL de que somos também sócios, subsidia-nos para realizar alguns dos nossos espetáculos e concretizar outros dos nossos projetos.
E onde vai ser o próximo espetáculo?
O próximo é já em breve, vai ser em Abril, o chamado Concerto da Primavera, que se realiza todos os anos e vai ser dia 27 de abril, em Bragança, no claustro da Sé (igreja de S. João Batista), e depois, a 29, em Santa Comba de Rossas, no salão de festas da junta de freguesia.
Agora, em sua opinião, fazem falta mais associações como o Coral Brigantino?
É evidente que sim, porque quantos mais houver melhor estará representada a cultura e será sinal de vitalidade da população porque, embora se trate de regime de voluntariado, implica sacrifícios por parte das pessoas, requerendo ensaios e muita disponibilidade para as saídas. É um compromisso que se toma e que deve honrar-se, logo, é necessário abandonar comodismos e certos estilos de vida. Havendo vários grupos, surgirá certa competição – que deve ser sã – e, portanto, uma maior pujança neste campo.
Também, se calhar, chama outros, outras coisas que podem estar adormecidas, não é, porque há concorrência.
Exatamente, concorrência mas, como disse, concorrência escorreita, sem procurar protagonismo.
Para finalizar, que personagem ou personagens o marcaram mais ao longo da sua vida?
Bom, a personagem mais marcante para mim, claro que é difícil, assim, momentaneamente, nomear alguém. Inicialmente, no meio familiar, no meio rural que me viu nascer, onde fui criado, e depois, claro, durante essa fase da minha vida, houve uma professora que me marcou, efetivamente, mas não vou dizer o nome porque, felizmente, ainda está entre nós e, claro, a minha família, a família em primeiro lugar.
Muito obrigado pela sua entrevista ao Nordeste com Carinho.
Obrigado, eu é que agradeço, em nome da Associação.
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