quinta-feira, 6 de junho de 2013

Médicos especialistas para Trás-os-Montes procuram-se

 Estão abertas 13 vagas na Unidade Local de Saúde do Nordeste. O director clínico reconhece que há dificuldade em encontrar quem queira ir para o interior, apesar da qualidade de vida que as cidades oferecem.
 
Em Trás-os-Montes, faltam médicos especialistas. Todos os anos são abertos novos concursos para a contratação de profissionais de saúde, mas as vagas ficam por preencher.

Neste momento, estão abertas 13 vagas para médicos especialistas na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE). O último concurso aberto pelo Ministério da Saúde, em Junho, previa 39 vagas para médicos especialistas e foram preenchidas apenas seis.

“Temos falta de médicos de diversas especialidades, tanto na área dos cuidados hospitalares como nos cuidados de saúde primário”, descreve Domingos Fernandes, o director clinico da ULSNE.

Domingos Fernandes lamenta a falta de profissionais, reconhecendo que ainda há mitos em relação à vida no interior do país.

“As pessoas pensam que nestes locais não é possível desenvolver um projecto, quando a verdade é que conseguem”, garante acrescentando ainda que muitas vezes não é reconhecida a qualidade de vida que estas cidades podem proporcionar a estes profissionais”.

Apesar da falta de médicos especialistas, nem tudo é mau no panorama da saúde em Trás-os-Montes. “A grande maioria da nossa população tem médico de família, facto que não se verifica no litoral e que, sem dúvida, é um bom índice em termos de qualidade dos cuidados que se prestam neste momento”, descreve.

A Renascença ouviu a opinião dos utentes. Queixam-se, sobretudo, da demora das consultas e lamentam que, quando têm de fazer exames, tenham que se deslocar ao litoral.

A ULSNE foi criada há um ano, agregando numa única entidade três hospitais do distrito de Bragança e 15 centros de saúde da região, além do de Foz Côa, no município da Guarda.
Olímpia Mairos in RR
Retirado de www.diariodetrasosmontes.com

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