Foi, realmente, uma jornada para recordar. Muitos livros lançados, muitos autores, várias academias de letras da lusofonia...
Pena é que tenha passado despercebido à maioria da população de Bragança...
ou...
pena que a nossa população valorize tão pouco a nossa cultura transmontana, pois é disso que se trata.
Vários autores transmontanos ou outros que, não sendo naturais de Trás-os-Montes, escrevem sobre a nossa terra, das nossas tradições, das nossas especificidades...
É duro chegar à conclusão de que os outros nos valorizam mais do que nós próprios fazemos.
O que me ficou destes quatro intensos e ricos dias, foi a constatação da qualidade dos nossos homens e mulheres de letras. Temos poetas, romancistas, contistas, cronistas, investigadores... de primeira apanha. Temos imensa qualidade.
Permito-me realçar uma mulher que, não sendo transmontana, é sócia honorária da Academia de Letras de Trás-os-Montes, Professora Doutora Teresa Martins Marques.
Esta mulher, de quem tenho o privilégio de ser amiga, tem feito mais pelos nossos homens e mulheres de letras do que nós transmontanos.
É uma ensaísta, conferencista, investigadora e escritora de reputada qualidade.
É sempre um gosto ouvi-la, beber as suas palavras, a sua sabedoria...
Nunca deixa nada ao acaso. A sua preparação sem mácula inebria-nos os sentidos, desperta-nos a vontade de fazer melhor...
Parabéns Teresa e obrigada, em nome de todos nós.
Também Ernesto Rodrigues, natural de Torre D. Chama, Professor da Universidade Nova de Lisboa, romancista, poeta, investigador, ensaísta..., Presidente da Academia, que faz o favor de ser nosso amigo, e a quem devemos muito, quando apenas parecia que o mundo se estava a desmoronar à nossa volta (saúde do Marcolino), que nos abriu o coração e a sua casa, que se tornou nossa família chegada em momentos de enorme incerteza e grande desespero, nunca poderemos agradecer. Apenas podemos ressaltar o seu enorme trabalho à frente da Academia e a sua imensa qualidade enquanto poeta, romancista, investigador...
Estes quatro dias foram únicos no panorama cultural da região. A nossa riqueza literária explanou-se e fez-me sentir um enorme orgulho por ser transmontana.
Conhecemos o Professor Doutor Amadeu Ferreira, Vice-presidente da CMVM, advogado, filósofo, romancista, poeta, o maior divulgador da sua língua materna, o mirandês, há, sensivelmente, seis ou sete anos. No entanto, parece que o conhecemos de toda a vida. Prezamos muito a amizade que faz o favor de nos facultar.
Admiramos o seu trabalho hercúleo em todas as vertentes da sua vida. Já lhe disse que o seu dia deve ter muito mais do que as 24 horas regulamentares. Parece impossível que algum ser humano consiga fazer tanto como ele faz e com a qualidade indiscutível com que o faz. O seu papel na Academia é imprescindível. Juntamente com Ernesto Rodrigues, é, sem dúvida, a alma mater desta instituição.
É de toda a justiça ressaltar, ainda, o enorme mérito da Câmara de Bragança, na figura do seu Presidente, Eng. António Jorge Nunes, que foi incansável neste trabalho de promoção e organização deste evento. Fantástico!
Obrigado a todos pelo seu excelente trabalho.
Mara e Marcolino Cepeda
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