Os cortes das autarquias também chegam à Educação. Dos 12 municípios do distrito de Bragança, apenas, cinco dão os manuais escolares a todos os alunos do 1.º Ciclo.Alguns municípios já deram os livros a todos os alunos, sem excepção, mas a crise levou-os a reduzir o apoio. É o caso de Freixo de Espada à Cinta. O vereador da Educação diz que esta mudança se deve aos cortes no orçamento das autarquias e garante que mesmo assim a autarquia investe cerca de 150 mil euros por ano na Educação.“Nós estamos a fazer um grande esforço para que os transportes escolares e as refeições estejam garantidas. Antes dávamos os livros a toda a gente, mas como não conseguíamos aguentar, desde o ano passado que são oferecidos, apenas, aos alunos necessitados”, afirma Pedro Mora. Alfândega da Fé também reduziu o apoio. A autarquia criou agora um programa para troca de livros. Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães também só dão manuais aos estudantes carenciados.No caso de Mirandela foi criado um plano de emergência para abranger todas as famílias com dificuldades económicas.“O auxílio económico funciona, quer de acordo com o regulamento dos apoios sociais que a câmara já tem há vários anos, quer através do plano de emergência social que foi conseguido este ano para famílias carenciadas que saíssem fora dos regulamentos sociais. Em relação aos alunos do primeiro ciclo nós estamos a fazer um levantamento, as famílias inscrevem-se e é-lhes atribuído um cartão social mediante o escalão da segurança social”, realça a vereadora da educação, Gentil Vaz.Já os municípios de Vinhais, Mogadouro, Vimioso, Vila Flor e Miranda do Douro contrariam a crise e mantém os apoios. O autarca de Vila Flor garante que apesar dos cortes do poder central, o município não distingue alunos na hora de distribuir os apoios.“Nós oferecemos os livros a todos os alunos do 1º ciclo sem excepções, nós não alteramos em nada este procedimento”, garante Artur Pimentel. A Câmara de Vinhais vai mais longe e para além dos manuais escolares, transportes e almoços, dá ainda pequenos-almoços e lanches a todos os estudantes. O vereador da Educação realça que o município investe cerca de 750 mil euros por ano em Educação.“Temos investido em termos de manuais escolares, refeições e material didáctico para todos os alunos e transportes, que são alargados ao 12.º ano. Não cortámos em nada em termos de Educação, apenas fizemos uma gestão muito rigorosa de forma a não acrescer custos”, realça Roberto Afonso.
A maioria dos municípios do distrito de Bragança a oferecer os livros, apenas, aos alunos com dificuldades económicas.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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