Está longe de ser pacífica a repartição dos níveis de ensino pelos três novos agrupamentos escolares que vão ser criados em Bragança, já a partir do próximo ano lectivo. Esta reorganização do mapa escolar não agrada aos professores, que temem pelos lugares de quadro nos agrupamentos de origem.
Segundo a dirigente de Bragança do Sindicato de Professores do Norte (SPN), Alice Suzano, entre as mudanças em discussão está a passagem da escola das Cantarias para o Agrupamento Miguel Torga e da escola da Mãe d`Água para o Agrupamento Abade de Baçal.
As alterações, contudo, não são bem aceites pelo Sindicato. “Os professores efectivos na escola da Mãe d`Água, por exemplo, desconhecem se vão para o Agrupamento Miguel Torga ou se regressam ao agrupamento de origem, que é o Paulo Quintela. E os alunos também vão pertencer a outro agrupamento”, explica a dirigente sindical.
Na passada sexta-feira realizou-se uma reunião entre os directores escolares e a Câmara de Bragança, mas como não houve entendimento, terá que ser agendado novo encontro para definir a divisão de escolas.
“Há outras situações, como o Agrupamento Paulo Quintela/Emídio Garcia, que ficaria com Rebordãos, e Rossas, que pertencia ao Paulo Quintela, passaria para o Miguel Torga. Já a escola do Toural passaria para o Miguel Torga”, enumera Alice Suzano.
A dirigente do SPN teme pelo futuro dos professores. “Ninguém sabe se eles acompanham os alunos ou se regressam ao agrupamento de origem, mas nesse caso para terem lugar vão desalojar outros”, constata Alice Suzano.
Dado que no próximo ano lectivo os novos agrupamentos já vão funcionar, a dirigente do SPN afirma que esta decisão deve ser formalizada o quanto antes, visto que já há concursos abertos para professores.
“Como não foi um assunto desejado por ninguém, é obvio que ninguém fica satisfeito com isso”, remata Alice Suzano.
Retirado do site www.jornalnordeste.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário