O presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, acredita que vai ser possível compatibilizar a barragem com o estatuto de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro.Artur Cascarejo convocou uma conferência de imprensa para dizer que nem lhe passa pela cabeça que a barragem possa ser parada. “Nem nos passa pela cabeça que depois de tanto trabalho e de todo o investimento no projecto integrado de desenvolvimento regional haja uma marcha-atrás neste processo” refere, acrescentando que “eu acredito que a UNESCO, em conjunto com o Governo Português e com a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, encontraremos uma solução para compatibilizar estes dois bens”.Artur Cascarejo falava em nome dos cinco autarcas dos concelhos abrangidos pela barragem do Tua: Alijó, Carrazeda, Mirandela, Murça e Vila Flor.O presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua assegura que o aproveitamento hidroeléctrico não choca com a classificação do Alto Douro Vinhateiro.“Este empreendimento é perfeitamente compatível com a classificação do Alto Douro Vinhateiro porque 99% do empreendimento está fora do Património da Humanidade” lembra. “A única parte que está dentro, que é a central, foi perfeitamente disfarçada em termos de integração paisagista pelo arquitecto Souto Moura” salienta.O Ministério do Ambiente entende que “nada no relatório da UNESCO põe em causa a classificação” do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial e que vai preparar um novo relatório para responder às dúvidas do Comité do Património Mundial da UNESCO.
O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, considerou “razoável que a UNESCO apresente dúvidas” e admitiu ser “altamente desejável” a realização de uma missão conjunta de análise à situação da área de paisagem classificada.
Escrito por Ansiães (CIR)
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