Acho que Mirandela não pode ficar de fora, havendo alguma tradição de judeus em Mirandela e mais em Carvalhais e na Torre Dona Chama. Mirandela tem uma das sete maravilhas da gastronomia nacional, a alheira, que a nossa tradição cola, de forma não sustentável, a sua divulgação aos judeus. Haja audácia para na nossa região se produzirem produtos kosher (produzidos segundo o preceito judaico) tais como, este popular enchido, o azeite, o queijo e o vinho. Bragança na criação de infra estruturas culturais e artísticas passa por Mirandela à velocidade de um comboio pendular, enquanto nós não vamos muito além dos movidos a carvão. E, assim, Bragança, que aplaudimos, já está a construir um «Centro de Interpretação Judaico», com projecto do arquitecto Souto Moura. Sobre a história dos judeus em Trás-os-Montes temos como grande especialista o moncorvense, António Júlio de Andrade. Sobre a palavra «marrano» o Capitão Barros Basto, autor da obra «Resgate» diz que a sua etimologia está na língua hebraica: «mar» quer dizer «amargamente» e «anuss» significa «forçado». Ou seja, os judeus são um «povo amargamente forçado» a errar pelo mundo, desde que o Templo de Salomão foi arrasado pelos romanos. Na Idade Média, sempre que o número de judeus superava a dezena, era criada uma comuna ou aljama com a sinagoga.
Escrito por Jorge Lage. Publicado em Origens
Retirado de www.jornal.netbila.net
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