Rui, hoje fui ao teu funeral. Despedi-me de ti na sexta-feira, no parque de estacionamento da escola quando ias buscar a tua filha. Cumprimentei-te e recebi em troca o teu sorriso franco, aberto e amigo que não esquecerei. Mal sabia que seria a última vez que te veria com vida, cheio de energia, rubicundo de esperança num mundo melhor.
Nesse dia não te pedi nenhum favor. Não tinha nenhuma avaria no computador, não tinha nenhum disco externo desconfigurado... Tantos me fizeste e eu nunca te agradeci suficientemente. Como farei, agora, para te agradecer? Como poderei alguma vez retribuir-te?
Fomos esperar-te no teu regresso do Porto e só assim, mesmo sabendo que era uma premissa irrefutável, acreditei que já não nos abençoarás com o teu sorriso e que não voltaremos a ouvir a tua fácil gargalhada.
24-10-2013
Mara Cepeda
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