quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nunes contra desclassificação da linha do Tua


jorgenunes.jpg
A desclassificação da linha do Tua não tem fundamento.A posição é assumida pela câmara de Bragança e deu-a a conhecer em comunicado.Na sequência do pedido de desclassificação daquela via-férrea, apresentado pela REFER, o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), solicitou à autarquia que se pronunciasse sobre o assunto. A câmara responde dizendo que a proposta “não tem fundamento capaz nem está sustentada numa política de coesão e de ordenamento para o território, em especial no que diz respeito à prestação de um serviço de transporte público às populações”.Além disso, entende que a classificação da Linha do Tua deve ser mantida “enquanto não for definida uma estratégia territorial relativa ao futuro de ligação da Linha do Douro a Salamanca e ligação do Douro a Puebla de Sanábria, onde actualmente está em construção uma linha TGV”.O presidente da câmara de Bragança afirma que “a desclassificação não deveria ser feita pois é preciso equacionar o futuro à ligação da Linha do Douro para Salamanca e à ligação da linha do Douro, por Bragança, para Puebla de Sanábria, considerando a realidade que está em construção que é a linha de TGV”. Além disso “acresce o facto de o Nordeste Transmontano estar muito mal servido de transportes, quer rodoviários e ausência completa de transporte ferroviário que serviu esta região durante décadas”.Jorge Nunes acrescenta que a desclassificação da Linha do Tua não deve ser equacionada enquanto não for estudado e implementado um sistema de transporte público rodoviário integrado.“Impõe-se que o IMTT elabore um estudo no sentido de garantir melhor mobilidade às pessoas deste território de baixa densidade, contrariando a situação em que muitas aldeias se encontram onde não há nenhum serviço de transporte”, refere. Por isso, “se for elaborado um estudo e se for promovida uma construção através de concurso público, pode ser que se encontrem soluções que venham a sustentar e a justificar evoluções no sistema de transportes. Até lá parece-nos absolutamente precipitado que seja feita uma desclassificação deste corredor ferroviário”.
A autarquia salienta ainda que este sistema de transporte deveria ser a “atribuído através da concessão pública” e adequado “a zonas de baixa densidade, no sentido de garantir mobilidade mínima aos cidadãos que residem em aldeias e vilas do Nordeste Transmontano não servidas ou deficientemente servidas por qualquer transporte público”.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário