quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Jovem troca economia por agricultura

A agricultura é um sector cada vez mais procurado pelos jovens, que apostam em negócios para criar o seu próprio emprego. Na região há alguns exemplos de empreendedores, que abriram a sua própria empresa mesmo em tempo de crise. Regressam à terra, onde encontram uma oportunidade para aplicar os conhecimentos adquiridos na faculdade e apostar na inovação. É o caso de Pedro Patrão, que instalou o seu negócio no concelho de Mogadouro.  Aos 25 anos é o rosto de uma exploração que inclui uma área de olival, produção de cereal e ainda prestação de serviços na área agrícola, com técnicas inovadores na área da plantação de olival e vinha. “Tenho também uma marca de azeite que lancei este ano para tentar internacionalizar e exportar e também algum cereal”, realça. Para o jovem empresário, os problemas estruturais da agricultura transmontana são facilmente ultrapassados com a qualidade dos produtos. “A agricultura na região tem um grande problema que é estrutural, mas tem um grande ponto forte, que é a qualidade dos nossos produtos. O nosso problema será conseguir comercializá-los no exterior. Conseguindo comercializá-los e diferenciá-los no exterior a nossa agricultura é extremamente sustentável e lucrativa”, constata. A aposta nos mercados externos é a chave para o sucesso, mas reconhece que não está acessível à maioria dos agricultores da região. “Para um agricultor já com alguma idade talvez haja poucos apoios”, reconhece. Pedro Patrão foi recentemente premido na Feira de Agricultura de Santarém, onde viu o seu trabalho reconhecido entre 76 candidaturas a nível nacional. “Não estava à espera de ganhar este prémio, mas foi óptimo ir à Feira da Agricultura e ouvir o meu nome e dá força para continuar a trabalhar”, garante. Inovar é a palavra de ordem para quem quer ser competitivo no mercado. Ainda assim, o jovem empresário lembra que no sector agrícola nem tudo são facilidades. “É preciso gostar da agricultura, porque é preciso muito sacrifício. Não há horários, não há épocas do ano, é preciso trabalhar todos os dias”, afirma.
Com formação na área da Economia e Empreendedorismo, Pedro Patrão apostou na profissão do avô, também ele agricultor, e passa os dias a trabalhar em prol da profissionalização do sector agrícola na região.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt  

Sem comentários:

Enviar um comentário