segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Escola de Pintura Graça Morais


Graça Morais é, sem dúvida nenhuma, uma referência mundial no campo da pintura.
Para nosso orgulho, é natural do distrito de Bragança, Vieiro, Vila Flor e não renega a sua terra, a terra onde nasceu para o mundo e para a pintura.
Tivemos o prazer de a entrevistar para o programa "Nordeste com Carinho" e já aqui, neste blogue, publicámos a sua entrevista.

Enquanto apreciador da sua arte ímpar, aqui deixo uma sugestão que nada mais é do que isso mesmo:
Que se crie/instale no Centro de Arte Contemporânea que leva o seu nome, um espaço dedicado ao ensino da pintura para todos os que sentirem necessidade de desenvolver o seu gosto/talento.
Assim, para além de conviverem com a arte neste espaço privilegiado, poderão aprender a desenvolver a sua sensibilidade e técnica.

Aqui deixamos, para quem quiser saber mais sobre a pessoa em si e sobre a sua obra, o seu currículo.
Graça Morais (Vieiro, Trás-os-Montes, 17 de Março de 1948) é uma pintora portuguesa. É membro da Academia Nacional de Belas Artes e de diversas associações, confrarias e fundações culturais. Foi agraciada com o grau Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuída pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, em 1997.
  • 1955 Frequenta a escola primária de Vieiro.

    • 1957/58 Vive em Moçambique.
    • 1959 Regresso a Vieiro. Começa a frequentar o colégio de Vila Flor.
    • 1961 Ingressa no Liceu de Bragança. Nos anos seguintes, pinta os cenários para uma representação do Auto da Alma, de Gil Vicente, e colabora no jornal do liceu.
    • 1966 Ingressa na Escola Superior de Belas Artes do Porto para estudar pintura. Chagall e Van Gogh são as suas primeiras referências.
    • 1970 Primeira viagem ao estrangeiro, a Londres, Amesterdão e Paris
    • 1971 Conclui o curso de pintura e apresenta a exposição de avaliação do 5º ano, na ESBAP.
    • 1972 Vai viver para Guimarães, onde leciona Educação Visual. É aí que, em 1974, expõe pela primeira vez, no Museu Alberto Sampaio.
    • 1974 Nasce a filha Joana, fruto do primeiro casamento com o pintor Jaime Silva.
    • 1975 Participa nos Encontros Internacionais de Arte de Viana do Castelo. Funda, com oito artistas e um crítico de arte, o Grupo Puzzle, com o qual colaborou em exposições colectivas durante dois anos.
    • 1976-78 Vive em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Conhece Arroyo e Rancillac e aprofunda o estudo da obra de Picasso, Matisse e Cézanne. Em Maio de 1978, realiza uma exposição individual no Centro Cultural Português em Paris.
    • 1980 Exposição na SNBA: O Rosto e os Frutos.
    • 1981 Vai viver para Vieiro. "Retrouver et dire sa vie", título de um texto que publicara em Paris, passa a ser o móbil condutor da sua obra. Exposição individual na galeria Roma e Pavia, no Porto. Inicia séries de grandes dimensões, onde se destacam a incisão do traço e a expressividade dramática da sua encenação dos motivos que desenha.
    • 1982 Visita à Westkunst, em Colónia, à Documenta de Kassel e à Bienal de Veneza.
    • 1983 Inicia a sua relação profissional com o galerista Manuel de Brito e expõe na 111, em Lisboa, e no Museu do Abade de Baçal, em Bragança.
    • 1984 Expõe no Museu de Arte Moderna de S. Paulo: Mapas e o Espírito da Oliveira, cujos trabalhos apresenta previamente em Lisboa, na SNBA. Expõe vinte desenhos na Árvore. Integra a exposição Onze Jovens Pintores Portugueses, no Instituto Alemão, em Lisboa, comissariada por Rui Mário Gonçalves.
    • 1985 Apresenta a mesma exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A mesma série, acrescentada da série Erotismo e Morte, figura na exposição da Universidade de Granada. É publicada a monografia Graça Morais, Linhas da Terra, de António Mega Ferreira (Imprensa Nacional-Casa da Moeda).
    • 1987 Colabora com capa e dez desenhos na ilustração de O Ano de 1993, de José Saramago. Exposição em Lisboa, na 111: Evocações e Êxtases. Participou em colectivas de pintores portugueses em Madrid, S. Paulo, Rio de Janeiro e Washington.
    • 1988 A convite do Embaixador de Portugal, visita Cabo Verde. Relaciona-se com o meio artístico local e é um dos fundadores da primeira editora cabo-verdiana independente, a Ilhéu Editora. No ano seguinte, expõe o resultado da sua visita no Centro Cultural Português, na Cidade da Praia, e no Mindelo. Assina o desenho da capa e quatro ilustrações para O Príncipe Imperfeito, de Clara Pinto Correia.
    • 1990 Expõe trabalhos recentes, posteriores ao seu regresso de Cabo Verde, em Macau.
    • 1991 Recebe o Prémio SocTip – Artista do Ano. Painel de azulejos para o novo edifício da Caixa Geral de Depósitos. Está representada na exposição sobre Arte nas Embaixadas Ibero-americanas, em Washington.
    • 1992 Visita o Japão, acompanhando uma viagem do Centro Nacional de Cultura. O diário pintado da viagem (com textos de Jorge Borges de Macedo e Alberto Vaz da Silva) será publicado no ano seguinte. Exposição da série O Mundo à Minha Volta na galeria Kimberly, em Washington, e na Scott Allan Gallery, em Nova Iorque.
    • 1993 Realiza a cenografia para a peça de Jean Genet Os Biombos, levada à cena pelo Teatro Experimental de Cascais de Carlos Avillez. Exposição antológica da sua obra no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães.
    • 1994 Exposição antológica na Galeria da Mitra, em Lisboa. Participa na colectiva Waves of Influence, sobre cinco séculos de azulejaria portuguesa, nos Estados Unidos.
    • 1995 Cenografia e figurinos para a peça Ricardo II, de Shakespeare, com encenação de Carlos Avillez. Exposição da série As Escolhidas, na 111 em Lisboa.
    • 1997 Exposição antológica Memória da Terra, Retrato de Mulher, na Culturgest, em Lisboa, e no Museu Soares dos Reis, no Porto. Inaugura um painel de azulejos na estação de Bielo-Rússia do Metro de Moscovo. Exposição na Galeria Ratton dos painéis de azulejos Os Cães. É editado o livro Graça Morais, com textos de Vasco Graça Moura e Sílvia Chico (Quetzal/Galeria 111).
    • 1998 Exposição na 111 do Porto: Geografias do Sagrado.
    • 1999 A mesma exposição é apresentada em Itália, na cidade de Trento, e em Lisboa, no Palácio Foz. Expõe Sete Tapeçarias na Galeria Tapeçarias de Portalegre, em Lisboa, e a série Anjos da Montanha, na Galeria Ratton.
    • 2000 Expõe a série 'Terra Quente – Fim do Milénio', na 111, em Lisboa. Joana Morais filma o documentário 'Na Cabeça de uma Mulher está a história de uma Aldeia', sobre a vida e a obra da mãe, Graça Morais.
    • 2001 Em Paris, expõe a mesma série no Centro Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian e Deusas da Montanha na delegação do Instituto Camões. Orpheu e Eurydice, de Sophia de Mello Breyner Andresen, é editado com trabalhos da artista.
    • 2002 Exposição na 111, em Lisboa: A Idade da Terra.
    • 2003 Exposição A Terra e o Tempo, no Museu da República Arlindo Vicente, em Aveiro. Nessa ocasião, é editado o livro A Terra e o Tempo (Pintura e Desenho 1987/2003) (Câmara Municipal de Aveiro).
    • 2004 Concebe painéis de azulejos para a estação de Metro da Amadora e para a central eléctrica de Vilar de Frades. É editado o livro O Segredo da Mãe, com textos de Nuno Júdice sobre pinturas de Graça Morais (Quetzal).
    • 2005 Expõe, na 111 do Porto, a série Visitação. É editado o livro Uma Geografia da Alma (Bial). "Retratos e Auto--Retratos", Centro Cultural de Cascais; "Os olhos azuis do mar", Centro de Artes de Sines.
    • 2006 "Diálogos com a Terra", Galeria Ratton, Lisboa; "Retratos e Auto-Retratos", Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda.
    2006/2007 "Graça Morais na Coleção da Fundação Paço d’Arcos – Pintura, desenho e azulejo (1982 a 2006)", Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Lisboa.
    • 2007 "Silêncios", Biblioteca Municipal de Chaves e Museu Municipal de Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante; "Orpheu e Eurydice", Paços da Cultura de S. João da Madeira e Casa da Cultura da Trofa.
    2007/2008 "In sofrimento", Museu Municipal - Edifício Chiado, em Coimbra.
    • 2008 "Graça Morais na Coleção da Fundação Paço d’Arcos – Pintura, desenho e azulejo (1982 a 2006)", Galeria do Pálacio, Biblioteca Municipal Almeida Garret, Porto. "Graça Morais: Pintura e Desenhos" na Galeria 111, Porto.
    • 2008/2012 Série de exposições no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, inaugurado em 2008.
    • 2009 Inaugura na Galeria Ratton, Lisboa, a exposição de pintura e desenho 'A Máscara e o Tempo'.
    • 2012 "A Caminhada do Medo" na Cooperativa da Árvore, Porto e no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança.

    Livros – ilustração e participação

    • 1987 – Ilustração de Livro de Poesia "O Ano de 1993" de José Saramago, editorial Caminho.
    • 2001 – "Orpheu e Eurydice", Sophia de Mello Breyner Andresen, edição Galeria 111, com pinturas suas.
    • 2002 – "O Reino Maravilhoso", de Miguel Torga, Publicações Dom Quixote, com pinturas suas.
    • 2003 – "O Anjo de Timor", de Sophia de Mello Breyner Andresen, Ed. Ceneteca, com ilustrações suas.
    • 2004 – "O segredo da Mãe", de Nuno Júdice, Editora Quetzal, sobre pinturas de Graça Morais.
    • 2007 - "As Metamorfoses", de Agustina Bessa-Luís, pinturas e desenhos de Graça Morais, Publicações D. Quixote.
    • Ilustra poetas e escritores tais como: Manuel António Pina; José Saramago; António Alçada Baptista; Pedro Tamen; Nuno Júdice; Clara Pinto Correia; Ana Marques Gastão; José Fernandes Fafe; António Osório; Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros.

    Livros – publicações (seleção)

    • 1980 – "O Rosto e os Frutos", textos de Fernando de Azevedo, S.N.B.A., Lisboa.
    • 1985 – "Graça Morais, Linhas da Terra", António Mega Ferreira, edição INCM.
    • 1986 – "História de Arte em Portugal", Rui Mário Gonçalves, Publicações Alfa.
    • 1991 – "Graça Morais, Artista do Ano", Prémio Soctip compilação de textos críticos e reprodução de pinturas de 1966 a 1991, Soctip Editora.
    • 1993 – "Japão, Diário de Viagem", Textos de Alberto Vaz da Silva, Borges de Macedo, pinturas Graça Morais, Editora Quetzal.
    • 1996 – "Espelho Imaginário – Pintura, Anti-pintura, Não-pintura", autor Eduardo Lourenço, INCM.
    • 1997 – "As Escolhidas, Graça Morais", de Manuel Hermínio Monteiro, Editora Assírio e Alvim.
    • 1997 - "Graça Morais", Vasco Graça Moura e Sílvia Chico, edição Quetzal/Galeria 111, com o patrocínio do BPI.
    • 1997 - "Memória da Terra/Retrato de Mulher: Exposição Antológica de Graça Morais", textos de Fernando Pernes, Sílvia Chicó e Rui Mário Gonçalves. Publicação Culturgest.
    • 1998 – "Graça Morais, Rostos da Terra", edição Cooperativa Árvore.
    • 2000 – "Graça Morais, Terra Quente, O Fim do Milénio", textos de António Carlos Carvalho, fotografias de Roberto Santandreu, editora Gótica.
    • 2001 – "100 Quadros Portugueses do séc. XX", autor José Augusto França.
    • 2002 - "A Idade da Terra", com texto de Maria Velho da Costa. Edição Galeria 111.
    • 2003 - "A Terra e o Tempo", com textos de Fernanado Pernes e entrevista de Ana Marques Gastão. Publicação Câmara Municipal de Aveiro.
    • 2005 - "Visitação", texto de Manuel António Pina. Edição Galeria 111.
    • 2005 - "Graça Morais,Os Olhos Azuis do mar", texto de António Mega Ferreira, fotografias de Augusto Brázio. Publicação Câmara Municipal de Sines.
    • 2005 – "Uma Geografia da Alma", Graça Morais, Edições Bial.
    • 2005 - "Graça Morais, Retratos e Auto-Retratos", texto de Sílvia Chicó, Edição pela Fundação D. Luís I.
    • 2006 – "A pintura de Graça Morais como condição do drama e da fábula", texto de Cristina Tavares. Cordoaria Nacional, Lisboa.
    • 2007 - "Graça Morais: In Sofrimento", texto de José Vialle Moutinho. Publicação Câmara Municipal de Coimbra.
    • 2011 - "Graça Morais: Prémio de Artes Casino da Póvoa 2011", textos de Laura Castro e Antonio Tabucchi.

    Cenografias

    • 1993 – "Biombos" de Jean Genet, TEC Cascais, encenação Carlos Avilez.
    • 1995 – Cenografia e Figurinos, "Ricardo II", de Shakespeare, Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa, encenação Carlos Avilez.

    Filmes

    • 1997 – "As Escolhidas" filme de Margarida Gil, baseado na obra de Graça Morais.
    • 1999 – "Na Cabeça de uma Mulher está a História de uma Aldeia", documentário de Joana Morais, sobre a vida e obra de Graça Morais.

    Tapeçarias

    Está representada com tapeçarias executadas pela Manufatura de Tapeçarias de Portalegre na Assembleia da República, Câmara Municipal de Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Montepio Geral – Lisboa, Fundação Mário Soares (Lisboa) e coleções particulares.

    Arte pública

    Intervenções artísticas em azulejos no Edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (em Lisboa), na Estação de Bielo-Rússia do Metropolitano de Moscovo, na estação de comboios do Fogueteiro (Seixal) e na Estação de Metropolitano da Amadora – Falagueira.
    Painéis de azulejos no Mercado Municipal de Bragança, na Biblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães, na Caixa de Crédito Agrícola de Bragança, no Teatro Municipal de Bragança e no Centro de Astro Física e Planetário do Porto.
    Destacam-se ainda os painéis em azulejo no Viaduto de Rinchoa/Rio de Mouro e na Central Hidroeléctrica de Vilar de Frades (Vieira do Minho).

    Coleções (seleção)

    • Assembleia da República
    • Millennium BCP; Banco Espírito Santo
    • Banco Português de Negócios
    • C.A.M. – Fundação Calouste Gulbenkian
    • Culturgest, Caixa Geral de Depósitos
    • Ministério da Cultura – Fundação de Serralves
    • Ministério das Finanças
    • Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil.
    • Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança
    Fonte: Wikipédia

    Marcolino Cepeda

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