O encerramento de escolas também afecta os professores. Este ano, cerca de duas centenas de docentes do distrito de Bragança foram obrigados a concorrer a horários zero.
A diminuição do número de alunos deixou muitos professores do quadro sem componente lectiva. Alice Suzano, do Sindicato dos Professores do Norte, diz que o caso mais dramático registou-se em Mirandela, onde mais de 100 professores tiveram que concorrer a horários zero.“O caos resultou de vários factores, mas o aumento do número de alunos, apontado pela opinião pública, apesar de ser problemático não foi o principal problema, o problema aqui foi uma má gestão que o Ministério da Educação mandou fazer aos directores das escolas, que tiveram que mandar para horário zero muitos colegas, que não vão ter horário zero”, constata a dirigente sindical.Alice Suzano sublinha que a maioria dos professores enviados para concurso não é do 1.º Ciclo, mas sim dos outros níveis de ensino, onde foram feitas previsões do número de alunos para o próximo ano lectivo em baixa, numa altura em que ainda decorre a reorganização da rede escolar.“As turmas do 1.º Ciclo aumentaram dois alunos, ficam com 28, é um exagero, mas maioritariamente o número de professores que foram para horário zero foi no 2.º e 3.º Ciclos e secundário”, realça Alice Suzano.Por isso, a dirigente sindical acredita que cerca de metade dos professores do distrito que concorreram a horário zero vão conseguir componente lectiva. No entanto, lamenta o alarme que foi criado com este concurso de professores.“Não era necessário ter provocado o stress psicológico, que foi desumano, aquilo que se provocou a professores com mais de 30 anos de serviço, que não imaginavam que algum dia tivessem que concorrer”, lamenta a dirigente do SPN.
Os resultados deste concurso vão ser divulgados pelo Ministério da Educação no final de Agosto.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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