segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Famílias do nordeste transmontano mantêm tradição do fumeiro regional

Este foi um fim-de-semana onde se fez fumeiro um pouco por todo o distrito de Bragança. Com o frio e até a neve que pintou alguns locais, as tradições que convidam a ficar dentro de casa, à lareira, ainda subsistem no nordeste transmontano. Em Samil, mesmo às portas de Bragança, encontramos a família Bento para quem, este sábado foi dia de fazer alheiras. 
Logo pela manhã há que por os potes ao lume. No interior destas panelas de ferro transmontanas está carne de porco e galinha. Uma tradição que passa de geração em geração. Manuela Bento, tem 30 anos e desde criança que participa na matança do porco e na preparação do fumeiro. Mas não dispensa a supervisão da mãe que sabe o segredo dos temperos “Desde sempre que me lembro de ver fazer fumeiro. Agora ajudo, mas os temperos, é melhor ser a minha mãe a fazer porque ela é que sabe”, confessa a jovem. Maria do Carmo Afonso é natural de Travanca, no concelho de Vinhais, onde aprendeu a preparar chouriços com a mãe, que por sua vez aprendeu com a avó. Aos 62 anos continua a manter a tradição. Este sábado veio ajudar esta família em Samil a fazer as alheiras. Os ingredientes utilizados no fumeiro tradicional não variam muito entre as famílias do nordeste transmontano. “Tem que se preparar as carnes no dia anterior. No dia das alheiras faz-se o lume, põem-se os potes ao lume com as carnes, de porco e galinha. Depois leva pão e alho. Sem alho, não seria alheira”, sublinha Maria do Carmo Afonso. Este é o excerto de uma reportagem sobre a confecção de fumeiro tradicional no nordeste transmontano que pode ouvir na íntegra, hoje, aqui na Brigantia, depois das notícias das 17 horas e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.

Escrito por Brigantia.

Retirado de www.brigantia.pt

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