Fluíam palavras Facilmente
Em versos curtos e audazes
Que eu sentia
Somente
Como duros capatazes
Desprovida de vontade
Sorriam para mim
Autónomas
Senhoras e donas
Do branco aziago
Recalcitrantes
Poetas de mim
Fingindo
Amando e sorrindo
Palavras roubadas
Desgostos de não ser.
Olhava impotente
O ténue véu
Em contra corrente
Descendo do céu.
O papel zombava…
Sou ninguém.
Imagem
Mar sem fronteiras
Anseio ternuras
Marés cheias
Ventre rubicundo
De filhos só meus.
Mara Cepeda
«sou ninguém»: força está em «sou» e, então, tudo fica diferente: trata-se de uma afirmação de ser, de vida, ainda que a pouco se agarre.
ResponderEliminarbeisico
Amadeu
Agarra-se a muito em mim.
ResponderEliminarTanto que é quase impossível.
Sinto-me lisonjeada por usares algo do teu tempo comigo.
Beisico
Mara