Pequeno sol amarelo
Acanhado, sonolento e belo
Ouvi a palavra da primeira lágrima
A mais pura e genuína
Que rola serena pelo rosto da menina
Ouço o grito da gaivota em alto mar
Que adivinho aflito
Na ânsia de te encontrar
Busco o caminho, princípio e fim
Que, solitária, calcorreio
Nesta luta sem freio
Tão longe de mim
Ouvi o grito da mãe ao parir
O perfeito milagre
Do ser e existir
Ouço o choro do menino ao nascer
A dor imensa
Do ter de crescer
Nasce o dia, sol envergonhado
Que tudo anuncia
Que anseia a magia
De um doce pecado
Anseio a antestreia
Do marulhar da maré
Envolta em areia
Na praia que não é
As mãos, pérolas pequeninas
Tecem colares de contas
Tristezas genuínas
Em horas enclausuradas.
«anseia a magia
ResponderEliminarDe um doce pecado»
bonito.
AF
Obrigada Amadeu.
ResponderEliminarPor vezes conseguimos traduzir o que sentimos, outras, muitas, partimos pedra sem encontrar o filão dourado.
Mara