O verde,
Por entre as árvores,
Camuflado de preto,
Transparece
De hora a hora
No meio de um deserto
De almas que, talvez, corem.
A serpente esguia
Serpenteia
Na meia-luz de dias de sol
Penetrando por frestas vazias
Carcaças abandonadas
De fantasias
E sós.
Solidões de mastros
Cegueira consentida
Quanta liberdade inspirais!
Quanta liberdade reteis!
Eremita enclausurado
Contra a sua vontade
Que julga ver
Mas não vê!
Mara
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