sábado, 17 de setembro de 2011

Eremita

O verde,
Por entre as árvores,
Camuflado de preto,
Transparece
De hora a hora
No meio de um deserto
De almas que, talvez, corem.

A serpente esguia
Serpenteia
Na meia-luz de dias de sol
Penetrando por frestas vazias
Carcaças abandonadas
De fantasias
E sós.

Solidões de mastros
Cegueira consentida 
Quanta liberdade inspirais!
Quanta liberdade reteis!

Eremita enclausurado
Contra a sua vontade
Que julga ver
Mas não vê!

                                               Mara

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