quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Autarcas defendem extinção das Assembleias Distritais



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»Primeira sessão da Assembleia Distrital de Bragança depois das autárquicas foi adiada por não ter reunido o número mínimo de elementos
Está posta em causa a continuidade da Assembleia Distrital de Bragança. Na passada sexta-feira estava marcada uma sessão para instalar os novos membros, depois das eleições autárquicas, mas não houve quórum. Marcaram presença, apenas, 15 elementos, não estando assim reunido o número mínimo para realizar a reunião de autarcas e membros das Assembleias Municipais do distrito.
O presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo foi um dos autarcas que marcou presença na sessão e não gostou da atitude dos colegas que faltaram.
“Acho que deveria haver mais respeito por todos aqueles que fazem parte desta Assembleia Distrital, mas também se deveria pensar novamente se estes órgãos têm cabimento neste ordenamento que se quer para o poder autárquico”, disse o edil.
Nuno Gonçalves questiona mesmo a continuidade deste órgão. “Acho que neste momento, com os poderes que têm e como está o figurino legal não faz qualquer sentido haver Assembleias Distritais e a prova está no interesse que os autarcas demonstraram em vir a esta sessão. A partir do momento em que as Comunidades Intermunicipais foram criadas foi esvaziado todo o conteúdo das Assembleias Distritais”, justifica o autarca.

Autarcas faltaram

A mesma posição é partilhada pelo presidente da autarquia de Carrazeda de Ansiães. José Luís Correia defende que as Assembleias Distritais devem ser extintas, por falta de competências. “Vim cumprir uma obrigação como eleito local, mas dado que esta situação já se tem verificado em anos anteriores, é a altura certa para repensar a existência das Assembleias Distritais. Na minha opinião não têm razão de ser. Acho que deviam ser extintas”, realça o edil.
O presidente da mesa da Assembleia cessante não conseguiu passar a pasta. Albano Mesquita lamenta a falta de união entre os autarcas do distrito.
“Comportamentos deste tipo não dignificam nem o órgão, nem as pessoas que faltam e não dignificam fundamentalmente uma região que precisava de mostrar que era empenhada na resolução dos seus problemas concretos e que estavam unidos na prossecução dos interesses que têm que ser defendidos na base desta área regional”, salienta Albano Mesquita.
Vai agora ser agendada uma nova sessão, apesar de os autarcas presentes terem demonstrado pouca motivação para comparecer. “Não sei se voltarei”, desabafou o autarca de Torre de Moncorvo.
Entretanto o secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, admitiu, no passado fim-de-semana, em Macedo de Cavaleiros, a possibilidade de extinguir as Assembleias Distritais.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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