quarta-feira, 29 de maio de 2013

Jorge Nuno, escritor, apresenta em Miranda do Douro o romance “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto”

No próximo dia 30 de Maio, pelas 18h00, na Biblioteca Municipal de Miranda do Douro o escritor Jorge Nuno apresenta o seu primeiro romance “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto” com a chancela da Pastelaria Studios Editora, lançado em Almada no passado dia 4.

Entre as deambulações solitárias e a relação com a alteridade este romance leva-nos ao cerne das questões contemporâneas que inquietam um espírito vivo como o do personagem principal “Filó”.

Uma reflexão profunda entre o questionamento solitário das rotinas que temos enraizadas no espírito e a relação com a comunidade, sozinho ou acompanhado por aqueles com quem partilha a vida. A verdade desassossega, mas por vezes a sua busca pode ser ainda mais inquietante.

Em torno da mesa do café, ou na associação "Estrela Vermelha", sempre rodeado dos mais próximos, Filó procura as cogitações que podem voltar a instalar a quietude na sua alma. Da solidão máxima da introspeção do seu ego, esta é uma rica demanda que não deixará ninguém indiferente. Mas não nos apressemos a levantar o véu sobre as "inquietações" que serão objeto desta narrativa.

A apresentação estará a cargo da Dr.ª Teresa Almeida e conta com a presença do autor.

Sinopse:
"No meio disto tudo, a questão é que não só iludimos a consciências dos outros como a nossa e acabamos sempre por ser a primeira vítima. Infelizmente, na maior parte dos casos, a verdade é vergonhosa e as pessoas passam a vida inteira a esconder o que as envergonha."

Filó é o personagem central do romance "As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto". É um indivíduo muito reflexivo, com muito trabalho de autoanálise, mas com forte inquietude e, algumas vezes, com alguma quebra de controlo. Vai sobrevivendo cheio de rotinas, sem dar grande importância ao que os outros pensam sobre ele e muito menos com o tratamento por aquela alcunha, porque até acha isso um elogio. É como se lhe chamassem “o homem que ama o saber”.

Trata-se de uma pessoa com várias situações de insucesso (...) mas que consegue fazer os outros sorrir, embora sem se conhecer o seu próprio sorriso. Não tendo emprego, vive num quarto alugado, de pequenos expedientes que realiza espaçadamente, de um reduzido apoio da Segurança Social e de um pequeno complemento especial de pensão anual (...) como reconhecimento da sua invalidez como ex-combatente ao serviço da Nação. Tantos anos depois ainda anda no “jogo do empurra” para obter ajuda especializada, relacionada com o necessário tratamento das perturbações que apresenta. É visto frequentemente, logo pela manhã, na esplanada da pequena Pastelaria Sonhos Doces, sempre com o habitual caderno e um livro debaixo do braço, como que a mostrar o seu lado intelectual. Sobre o romance (quatro breves opiniões):

"Faz lembrar a escrita neorrealista, mas é mais profunda (…) e abundam as reflexões de uma forma subtil e quase sem nos apercebermos. Além disso tem pitadas de humor que tornem o estilo leve e quase jornalístico. Parece-me ainda que o romance é um belo exemplo de pedagogia que envolve o leitor para pensamentos de grandes autores que são instrutivos e são um belo escape para a vida. (…) Nesta personagem [coletiva] há um lado telúrico e afetivo que, apesar de tudo, reage ao desespero dos dias e procura através da leitura, da pintura, da música e da relação interpessoal, ser solidária e acreditar no futuro. " Manuel Catarino

"(…) [Tem como] mensagem principal: energias negativas/ energias positivas/ terapias de grupo, num cenário depressivo na nossa sociedade atual, é de extrema importância no momento presente. Os conflitos de natureza psíquica, uns, social e cultural, outros, (recalcamento de medos, necessidade de reconhecimento, indispensável ao estabelecimento de equilíbrios para alcançar um estatuto, os silêncios como seu instrumento, ou a necessidade de viver em plenitude, desvalorizando problemas de saúde (energias positivas) como acontece com a Luísa, personagem bem conseguida, por ser o motor de transformação e a executora dessas terapias. Outros personagens movem-se de harmonia com o seu quadro sócio/profissional, (…) o Filó parece saber utilizar bem os ensinamentos de [Daniel] Goleman. (…) A terapia na esplanada, nos ensaios de teatro, na Associação, garante um desfecho conseguido." Manuel Leal

"Resplandece uma linguagem clara, concisa subjacente a uma densidade psicológica muito profunda... diria que é uma escrita com alma e, sobretudo, muito ligada ao nosso quotidiano (…)." Elisete Afonso

"Acabei de ler (...) e fiquei com aquela sensação de querer mais e mais. Foi uma leitura tão agradável, tão divertida, com tantas lições e ensinamentos (...). O livro manifesta o que lhe vai na alma, é um transbordar de sentimentos e emoções e como dizia James Lowell ," Os livros são abelhas que levam o pólen de uma inteligência para a outra". Elisabete Magalhães.

Nota Biográfica:
Jorge Nuno nasceu em Coimbra, em 1950, onde viria a casar em 1974 com uma brigantina. Tem dois filhos e dois netos. Como estudante-trabalhador, tirou dois cursos superiores nas áreas de Engenharia e Gestão de Informação e um mestrado em Ciências Empresariais na área de especialização em Gestão, Estratégia e Desenvolvimento Empresarial. Cedo mostrou tendência para as Letras e para as Artes, mas a sua vida profissional tomou outros rumos: música; direção de obra, como profissional de engenharia, na reparação naval e revestimentos metálicos na construção civil; gestão de sistemas de informação; coautoria de estudos de mercado; integração em múltiplas comissões e grupos de trabalho; autoria de software, de programas curriculares e de três manuais de formação [Cadernos de Formação].

 A sua paixão profissional esteve na Educação e Formação de Adultos, onde desenvolveu intensa atividade como professor multidisciplinar, com destaque para o prazer de ter sido professor voluntário de “Relações Interpessoais” na USALMA – Universidade Sénior de Almada e colaborador de diversos Centros de Formação de Associações de Escolas, como formador em vários domínios, de 1981 a 2011, ano em que se aposentou quando exercia funções docentes em Bragança. Recentemente, dedica grande parte do seu tempo à pintura e à escrita criativa. Desde outubro de 2012, participou em duas coletâneas de contos e três de poesia. Lançou recentemente o seu primeiro romance “As Animadas Tertúlias de um Homem Inquieto”, Pastelaria Studios Editora 2013.





Retirado de www.noticiasdonordeste.com

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