segunda-feira, 2 de abril de 2012

Douro: Tecnologia portuguesa que apura vigor das videiras a partir de uma foto patenteada a nível internacional

Três investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) anunciaram a patenteação a nível internacional de uma nova metodologia para a determinação do vigor e da expressão vegetativa de uma videira com base numa fotografia digital.


Esta invenção – um ‘software’ informático que permite fazer essa ‘leitura’ da foto - juntou docentes dos departamentos de agronomia e das engenharias da UTAD e insere-se num conjunto de trabalhos que estão a ser desenvolvidos com o objetivo de melhorar a qualidade e a produção vitícola, aplicando tecnologia nos processos e metodologias da vitivinicultura.
"O pedido de registo de patente internacional foi feito em 2011 e só no início de 2012 é que todo o processo ficou concluído", disse Paula Oliveira, investigadora ligada ao projeto.
Segundo os investigadores, que falavam numa iniciativa sobre vinhos em Miranda do Douro, um utilizador deste processo não precisa perceber nada de poda para poder utilizar todo o sistema e assim determinar o vigor da videira.
Os três investigadores responsáveis, Paula Oliveira, João Moura e Ana Oliveira, começaram ensaios na casta touriga nacional e o próximo objetivo será o de aplicar este método a outros tipos de castas ou espécies arbóreas.
"Como ficamos agradados com os resultados dos testes do processo tecnológico, decidimos aplicá-lo noutras castas ", justificou Paula Oliveira.
Esta invenção permite determinar o vigor e expressão vegetativa da videira de uma forma "rápida e expedita", sendo menos morosa do que o método tradicional.
A investigação foi iniciada em setembro de 2009 e, depois da registada a patente nacional deste sistema informático, o passo seguinte foi a sua internacionalização.
"Há já contactos com as regiões vinícolas de Champagne e Bordéus [França] para testarmos a nossa invenção e assim poder ter utilização internacional", acrescentou Ana Oliveira.
Por últimos os três investigadores lançaram o desafio a empresas no sentido de fabricar um aparelho móvel de fácil manuseamento, à semelhança de um telemóvel, para que os vitivinicultores o possam levar para as suas vinhas e desta forma preceder à poda numa fase ótima da vinha, rentabilizando o trabalho, o tempo e investimento na produção de vinho.
Retirado do site www.rba.pt

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