sexta-feira, 14 de março de 2014

Torre de Moncorvo: Vila recria Feira Medieval e volta a comercializar minério de ferro

A vila transmontana de Torre de Torre vai recuar no tempo, até à Idade Média, recriando uma Feira Medieval na qual o minério de ferro e os produtos da terra voltam a ser vendidos livres de impostos.   


A ideia passa por reconstituir, a partir de sexta-feira e até domingo, a atribuição a Moncorvo da organização de uma feira anual, que tinha a duração de um mês e que era realizada por altura da Páscoa, desde 1319, em pleno reinado de D. Dinis.
"Na sequência deste mercado foi instituída uma feira semanal no tempo do rei D. Afonso V [1438-1481], e que tinha como principal atrativo a comercialização de minério de ferro, uma atividade que se pretende recriar", explicou o autarca de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves.
A iniciativa é organizada pelo município e conta com a colaboração do Agrupamento de Escolas, grupo de teatro " Alma do Ferro", GNR, associação comercial e da população em geral, decorrendo em plena zona histórica de Torre de Moncorvo.
Segundo a organização, esta Feira Medieval "não pretende ser como as outras que se realizam uma pouco pelo país", tendo por isso características distintas, sendo um dos seus principais objetivos dar a conhecer o património edificado e retomar seis séculos depois "o mercado" da comercialização do minério de ferro.
A feira franca, à boa maneira medieval, tem agora com objetivo ajudar os produtores locais a escoar os seus produtos agrícolas, numa altura de grande afluência turística ao Douro Superior.
"Esta Feira Medieval tem como princípio que todo o concelho de Torre de Moncorvo esteja envolvido, desde o produtor ao distribuidor, passado pelo comerciante local, que está igualmente inserido na iniciativa", frisou o autarca.
A vila será engalanada a preceito com locais próprios para as tasquinhas, para a venda de artesanato e produtos da terra.
"Em toda a zona histórica está expressamente proibida a venda de outros produtos que não sejam endógenos, bem como a montagem de espaços que não respeitem as regras, sendo obrigatório dar a todas as atividades um aspeto medieval", acrescentou Nuno Gonçalves.
No centro histórico da vila todas as barracas terão de respeitar a " época concreta" a que se reporta o evento cultural.

Retirado de www.rba.pt

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