terça-feira, 11 de março de 2014

Há cada vez mais idosos a viver sozinhos

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Isolamento e solidão agravam-se com o envelhecimento da população que resiste nas aldeias do distrito de Bragança
GNR identifica idosos que precisam de apoio e faz o encaminhamento dos casos para as instituições que prestam apoio na área social
Porfírio Gonçalves, de 86 anos, é um entre os muitos idosos que vivem sozinhos nas aldeias do distrito de Bragança. Este ano, foi sinalizado pela GNR, no âmbito do programa “Censos Sénior”, que tem como objectivo fazer o registo dos idosos que vivem sozinhos ou isolados. Foi uma vizinha que alertou as autoridades. Porfírio não tem companhia para partilhar os seus dias, nem tão pouco telefone para comunicar com a única filha, que está no estrangeiro, ou para pedir auxílio.
Porfírio queixa-se que a falta de um aparelho para comunicar é um problema, que não passa despercebido à equipa da GNR, que promete dar uma resposta ao idoso que seja adequada à sua magra reforma.
Seguimos viagem e noutra aldeia, que não identificamos por questões de segurança dos próprios idosos, encontramos Leopoldina, de 91 anos. Gosta de falar e aproveita a presença dos militares para recordar velhos tempos, falar dos filhos, que estão longe, e do seu dia-a-dia. “Não tenho ninguém, os filhos tenho oito que vivem na zona de Lisboa, três na Grécia e a mais velha no Brasil”, conta.
Leopoldina não vive sozinha por ter sido abandonada pela família, mas porque não deixar a sua “casinha” na aldeia. “Há dois anos cheguei a ir para Lisboa, estive lá um mês e meio, e já tinha lá amigas, mas aqui é outra coisa. Só o ar é muito diferente”, desabafa.
A idosa diz, ainda, que tem o apoio do filho de uma vizinha que também se preocupa com ela. Ainda assim, a GNR lembra, mais uma vez, que é importante não abrir a porta a desconhecidos.
Retirado de www.jornalnordeste.com

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