segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BRAGANÇA ASSUME-SE COMO A “ENTIDADE PRIVADA QUE MAIS CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA REGIÃO”


No ano em que comemora os 500 anos de existência, a Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB) apresenta programa repleto de actividades e iniciativas para as celebrações.

Com o mote “500 anos a fazer bem”, começaram esta semana e prolongam-se até Dezembro as comemorações dos 500 anos da SCMB, com actividades abertas à comunidade.
Actualmente a Santa Casa disponibiliza serviços no apoio a idosos, infância e juventude, educação, família, deficiência, atendimento e acompanhamento social, acção social, saúde, cultura e a única casa abrigo da região para vítimas de violência doméstica. No total conta com cerca de 340 colaboradores que apoiam mais de 1200 utentes. 
Na passada sexta-feira, o provedor Eleutério Alves indicou que “o momento alto vai ser em Julho”, mês do aniversário, quando está prevista a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Além do dia de aniversário “a semana santa e a semana da saúde serão momentos muito importantes, mas também os colóquios que se vão fazer mesmo no âmbito da violência doméstica que é transversal a toda a comunidade”, destaca ainda o provedor.
No programa constam diversas palestras, com oradores sobre diferentes assuntos, o lançamento de livros e exposições sobre os 500 anos da Misericórdia de Bragança.
Cada mês do ano vai ser sobre uma das valências, divulgando as práticas e serviços prestados pela SCMB, como esclareceu Ana Paula Pires, uma das responsáveis pela organização das actividades.
Janeiro será dedicado aos idosos, Fevereiro será dedicado à componente de inserção social, Março à religião, com a organização da “semana santa” e comemorações da Páscoa. Depois, em Abril, está em destaque a infância, em Maio o desporto e Junho conta com as jornadas museológicas. Julho é o mês de aniversário, tendo por isso mais destaque. Agosto dedica-se aos cuidados continuados, em Setembro estão programados rastreios de saúde para a comunidade, Outubro é o mês da cultura, Novembro dedicado à luta contra a violência doméstica, nomeadamente a violência contra as mulheres. Em Dezembro promove-se a inclusão.

O próximo grande objectivo é a resposta a doentes com problemas mentais

Ainda a propósito da apresentação do programa comemorativo, Eleutério Alves destacou que a Santa Casa da Misericórdia é o maior empregador privado do concelho de Bragança, que “transfere anualmente mais de 4,5 milhões de euros, através dos recursos humanos que tem ao seu serviço. Significa que tem um peso económico grande, para além de tudo aquilo que induz a montante da instituição, de outras empresas que são criadas para responder às necessidades da instituição.”
“O orçamento de sete milhões e meio de euros por ano, só para vencimentos, mais quatro milhões e meio por ano de volume de compras a nível comercial e empresarial, mais a geração de emprego indirectamente em outras empresas”, pelas relações comerciais com a Santa Casa, “na parte privada somos a entidade que mais contribui para o desenvolvimento económico da região não só na promoção de emprego mas no desenvolvimento da sociedade”, acrescentou ainda o provedor.  
Para o futuro os objectivos SCM Bragança passam por fazer crescer a instituição que tem um grande impacto no tecido social brigantino e dar resposta às necessidades da população na área da saúde mental e outros cuidados de saúde.
“Vamos iniciar mais 500 anos e esperemos que quem vier ao longo desse tempo que consiga fazer crescer a instituição e também consigam sobretudo fazer com que as pessoas tenham confiança na instituição. Os desafios têm de ser adaptados de acordo com a necessidade que a comunidade a cada momento apresenta. Em termos de desafio, entendemos que é na área da saúde e da saúde mental que os maiores problemas sociais existem. Estamos já em contactos e vamos a curto prazo conseguir implementar o programa de saúde mental através de negociações. É uma área que está mal resolvida aqui no distrito e temos de trabalhar para que quem precisar de cuidados nessa área possa estar junto da família porque isso é já meia cura”, referiu Eleutério Alves, mostrando-se disponível para criar, juntamente com o Estado, soluções para doentes com doenças como a demência.

Escrito por: Jornalista Débora Lopes

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