sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Ébola – O que é preciso saber

O Olho Clínico diz-lhe o essencial sobre a doença por vírus Ébola e o que deve fazer caso viaje de ou para os países afetados. O que é a doença por vírus Ébola? 


Trata-se de uma doença grave rara, frequentemente mortal, causada pelo vírus Ébola.
É transmitida por contacto direto com o sangue ou outros fluidos corporais (como saliva, urina e vómito) de pessoas infetadas, mortas ou vivas. Pode ser transmitida por contacto sexual não protegido com doentes até três meses depois de estes terem recuperado da doença.
A doença pode também ser contraída por contacto direto com sangue e outros fluidos corporais de animais selvagens infetados, mortos ou vivos, como macacos, antílopes e morcegos.
Passados dois dias e até 21 dias após a exposição ao vírus, a doença pode manifestar-se subitamente, com febre, dores musculares, debilidade, dores de cabeça e dores de garganta.
A fase seguinte da doença carateriza-se por vómitos, diarreia, manchas na pele e insuficiência hepática e renal. Alguns doentes apresentam igualmente hemorragias internas e externas abundantes e insuficiência de vários órgãos.
Não há qualquer vacina licenciada ou tratamento específico para a doença.

Risco de infeção pelo vírus Ébola e como o evitar
O risco de infeção pelo vírus Ébola é muito baixo, mesmo para quem vive em zonas afetadas ou tiver viajado para essas zonas, exceto se houver exposição direta a fluidos corporais de pessoas ou animais infetados, mortos ou vivos. O contacto com fluidos corporais inclui o contacto sexual não protegido com doentes, até três meses depois de estes terem recuperado da doença.
O contacto ocasional em locais públicos com pessoas que não pareçam estar doentes não transmite o vírus.
Os mosquitos também não transmitem o vírus Ébola. Não há evidência de transmissão por aerossol deste vírus, como acontece com o vírus da gripe.
O vírus Ébola é facilmente eliminado pela utilização de sabão, lixívia, pela ação da luz solar e por temperatura elevada ou secagem. A lavagem na máquina de vestuário que tenha sido contaminado com fluidos destrói o vírus. Este vírus sobrevive apenas por pouco tempo em superfícies que estejam expostas ao sol ou que tenham secado. Pode sobreviver por mais tempo em roupas ou tecidos que foram manchados com sangue ou outros fluidos corporais.
Existe um risco de transmissão de Ébola através do contacto com utensílios ou materiais contaminados em contextos de prestação de cuidados de saúde se não se aplicarem devidamente os procedimentos corretos de controlo da infeção.

(Ler artigo na íntegra na versão impressa do Jornal Nordeste)

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