Depois de ler "La Bouba de la Tenerie", de Amadeu Ferreira que uma e outra lágrima me fez derramar, pela história em si e pela beleza da escrita, fiquei ávida de mais e, pasme-se, li-o em mirandês, analfabeta que sou nessa língua.
Brevemente lerei a sua "tradução" para português, o "Tempo de Fogo". O Amadeu diz que são dois romances diversos e aconselhou-me a ler primeiro o "La Bouba", escrito na "sue purmeira lhéngua".
Foi o que fiz, como já havia referido e não me arrependi.
Leio agora "O Romance do Gramático" de Ernesto Rodrigues. Vou, sensivelmente, a meio do livro e tenho de referir que estou muitíssimo agradada com esta nova obra do nosso amigo.
Ernesto, como já tive ocasião de lhe dizer pessoalmente, apesar de escrever maravilhosamente, encriptava de tal forma a sua escrita que nos fazia exploradores, que não leitores.
Claro que o facto de sermos exploradores apenas nos enriquecia na tentativa de descobrir a sua alma oculta. No entanto, às vezes, queremos, apenas, esquecer o passar dos dias e das agruras dos mesmos.
Este "Romance" traz-nos as duas vertentes: a primeira, que ainda nos obriga a leitura atenta e concentrada, apesar da beleza das palavras que desde o primeiro momento nos prendem e a segunda que nos liberta e conduz para ilha de monges de paisagem paradisíaca, onde, apesar da beleza natural, não impera a beleza espiritual, nem a pureza, esperada, das almas que ali habitam.
Vou prosseguir a minha leitura. O "Gramático" chama por mim.
Mara
Caríssima leitora
ResponderEliminarViste o Expresso de hoje, que me dedica uma página?
Abraços p+ara ambos.
Olá caro escritor
ResponderEliminarJá li o texto do Expresso e quase acabado o romance, ou devo dizer, os vários romances, mantenho opinião anterior.
Gosto muito deste livro, encantei-me pelo Gramático.
Pese embora a concentração exigida, em tempo de férias que deveriam ser leves, que a culpa é tua, estou no fim ou, quase com certeza, no princípio.
Vais obrigar-me a uma segunda leitura, agora com intenções de aprendizagem.
Amanhã falaremos.
Mara