Mais um domingo, mais uma entrevista. O entrevistado desta semana, Professor Doutor Telmo Verdelho é natural de Vale de Gouvinhas, Mirandela. É o maior especialista português em lexicografia. Vejamos o que disse numa comunicação realizada sobre “O problema das Línguas no Ano Europeu das Línguas”.
Iniciou a sua palestra a falar acerca da importância e do significado do plurilinguismo num espaço geográfico, político e cultural como o da União Europeia, em que diversas Línguas se encontram sedimentadas, há alguns séculos, nos diferentes países que a constituem. No entanto, a pluralidade linguística não é sinónimo de divisão, podendo mesmo funcionar como factor de coesão entre os países da União Europeia.
O Professor Telmo Verdelho, de uma forma abundantemente documentada, apresentou-nos a história do ensino das Línguas, iniciado na Idade Média a partir do ensino do Latim, que sofreu um forte incremento sobretudo a partir do séc. XVI. Data desta altura a publicação dos primeiros dicionários.
Hoje, segundo o Professor Telmo Verdelho, o ensino das Línguas alterou-se significativamente, sendo cada vez maior o interesse posto na aprendizagem de várias Línguas estrangeiras, sobretudo nos países da União Europeia.
Efectivamente, 93% dos pais europeus dizem que é importante que os seus filhos aprendam outra Língua para lá da Língua materna e 72% acham que é importante estudar uma Língua estrangeira. Entretanto 26% dos europeus dizem que sabem falar mais do que 2 Línguas, para lá da Língua materna.
No entanto, como referiu o Professor Verdelho, nos últimos anos tem-se acentuado a tendência para que o ensino das Línguas seja incrementado fora do sistema oficial do ensino.
Alguns dados curiosos apresentados pelo Professor Verdelho dizem respeito ao número do Línguas existentes no mundo. Há quem chegue a falara em 35 mil Línguas, embora outros não apontem mais de 200. Em todo o caso, segundo o Professor Verdelho, o número mais consensualmente aceite será o de 5 mil Línguas.
Alguns dados curiosos apresentados pelo Professor Verdelho dizem respeito ao número do Línguas existentes no mundo. Há quem chegue a falara em 35 mil Línguas, embora outros não apontem mais de 200. Em todo o caso, segundo o Professor Verdelho, o número mais consensualmente aceite será o de 5 mil Línguas.
Todavia, nem todas têm a mesma importância e o mesmo papel. Efectivamente, dessas 5 mil, mais de uma centena tem menos de 300 falantes e apenas 50 delas têm mais de 20 milhões de falantes. Por outro lado, 4 990 Línguas são faladas por menos de 20% da população mundial.
Depois de referir que as Línguas se matam umas às outras, o Professor Verdelho falou dos problemas que se colocam às Línguas na era da informação como aquela em que vivemos nos dias de hoje. A esse propósito salientou que se produziu mais informação nos últimos 30 anos do que nos 5 000 anos anteriores. Só nos Estados Unidos da América editam-se mais de 9 mil publicações por ano.
Depois de referir que as Línguas se matam umas às outras, o Professor Verdelho falou dos problemas que se colocam às Línguas na era da informação como aquela em que vivemos nos dias de hoje. A esse propósito salientou que se produziu mais informação nos últimos 30 anos do que nos 5 000 anos anteriores. Só nos Estados Unidos da América editam-se mais de 9 mil publicações por ano.
Assim se compreende facilmente que estejamos próximos da exaustão linguística.
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