Dor de gente,
Inconsciente dor.
Vegeta somente
Uma vida sem cor.
Na impossibilidade
De viver sem ideais
Não há vazios
De acabar,
De preencher.
No vácuo que existe
E é triste
Vivem o negro,
Duro viver
As toutinegras
Que não tentam ser.
Pode mover-se
Fingindo marés
Em prisão contida
Sem riso nem vida.
Vegeta somente
A pedir guarida.
Sem voz,
Na garganta enclausurada,
Rumoreja,
Não sabendo porque
O que a alguém
Sobeja.
Descoberta a razão
As coisas acontecem
É olhar sem ver
É olhar para mim
E apenas olhar
O mesmo olhar sem fim.
Sem direitos seus,
De olhos vendados
Para evitar dispersão
É preciso ver sempre
Na mesma direcção.
Olhar prá frente
Para trás é que não!
Olhar para o lado
É perder o norte
É sonhar ilusão.
É pressentir outras vidas
É aspirar vagos perfumes
De deusas iguais.
É ter nos teus braços
Sabores irreais.
É ser quem se é
E tentar até
Que a vida sorria
Aquilo que não é.
Mara
Mara
Sem comentários:
Enviar um comentário