Amadeu,
Acabei de ler "La Bouba de la Tenerie". Li em mirandês como me sugeriste. Consegui entender a "lhéngua", embora muitas palavras as tenha tirado pelo sentido.
A Santa Inquisição foi um dos buracos negros da história do ser humano. Em nome de Deus fizeram coisas terríveis, injustiças sem fim...
A soltura com que as palavras nascem fez-me perceber que a tua alma se recorda, talvez por respirares os ares das Terras de Miranda. São coisas que ficam e se entranham. É como se as cinzas dos sentenciados, o sangue dos torturados, os ais da dor sem fim se espalhassem pelo mundo para depois se juntarem nas terras onde esses homens, mulheres e crianças nasceram.
Só assim consigo explicar as lágrimas que fizeste nascer nos meus olhos. A dor que senti pelos actos dos homens.
Sou professora. Sei a força que as palavras têm. Sou mulher, conheço o poder das palavras. Nada é mais forte que elas, nesta torre de Babel que nos cabe viver.
Parabéns e obrigada por este livro que me fizeste ler em mirandês, língua de que nada sei. Só tu serias capaz desta proeza.
A Santa Inquisição foi um dos buracos negros da história do ser humano. Em nome de Deus fizeram coisas terríveis, injustiças sem fim...
A soltura com que as palavras nascem fez-me perceber que a tua alma se recorda, talvez por respirares os ares das Terras de Miranda. São coisas que ficam e se entranham. É como se as cinzas dos sentenciados, o sangue dos torturados, os ais da dor sem fim se espalhassem pelo mundo para depois se juntarem nas terras onde esses homens, mulheres e crianças nasceram.
Só assim consigo explicar as lágrimas que fizeste nascer nos meus olhos. A dor que senti pelos actos dos homens.
Sou professora. Sei a força que as palavras têm. Sou mulher, conheço o poder das palavras. Nada é mais forte que elas, nesta torre de Babel que nos cabe viver.
Parabéns e obrigada por este livro que me fizeste ler em mirandês, língua de que nada sei. Só tu serias capaz desta proeza.
Mara
Buonas nuites Mara,
ResponderEliminarBien haias por tan guapas palabras. Era perciso coraige para te botares a tanto mirandés. Nien manginas l gusto que dá las amboras que eiqui mos trais. Agora sou you que quedo sien palabras, a nun ser deixar-te un grande beisico de agradecimiento.
Tengo benido menos porqui puis l çcanso de las férias nun me ten deixado.
beisicos
Amadeu
Buonas nuites Amadeu,
ResponderEliminarRelativamente a "La Bouba de la Tenerie", foi, realmente um prazer lê-lo. Pensei sentir muitas mais dificuldades. Foi um desafio muito gratificante que penso ter superado com "louvor".
Este livro transportou-me para a época que relatas e senti-me aquela gente sofrida, capaz de actos abnegados em prol dos outros e, ao mesmo tempo, de invejas tão mesquinhas e vis que não se importam de contribuir para a perdição dos seus "armanos".
O período negro da Inquisição sempre me incomodou. O pior do ser "houmano" mostrou-se em todo o seu esplendor.
Para além do elo de ligação - Inquisição - bebi cada uma das histórias das personagens que ainda visualizo; revi-me na força do amor; e leio-me em muitas das reflexões do professor.
Só tenho pena de não saber mirandês, mas a solução deste problema está nas minhas mãos.
Não me agradeças, aprendi muito contigo. E pretendo aprender mais.
Relativamente ao eventual "l çcanso de las férias", pode haver quem o tenha. O Amadeu Ferreira não o tem. De cada vez que abro um jornal ou ouço uma rádio local, lá vem o investigador e escritor Amadeu Ferreira que ou vai lançar outro livro, ou está a traduzir um grande autor, ou está a apoiar amigos nas suas actividades culturais...
Não sei como consegues!
Vou ficar por aqui, que isto, mais do que um comentário, parece um tratado.
Beisico
Mara