sábado, 3 de março de 2018

PRESIDENTE DO IPB APLAUDE CORTES DE VAGAS EM LISBOA E PORTO



Sobrinho Teixeira considera que esta é a medida “mais eficaz para promover a coesão territorial”.
O Presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) saúda a intenção do governo de abrir mais vagas nas universidades e politécnicos fora de Lisboa e do Porto.
Na passada semana, o Ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que quer reduzir 5% das vagas nas instituições universitárias das duas maiores cidades do país para levar mais alunos para outras instituições nacionais. Ao todo são cerca de 1100 alunos que deixam de ter lugar nas academias de Lisboa e Porto e são distribuídos pelo resto do país.
Para Sobrinho Teixeira esta é uma decisão “positiva e de coragem”. “É uma medida muito acertada e uma das formas mais eficazes de promover a coesão territorial”, frisou, argumentando ainda que “o abandono do interior tem sido uma constante e é um problema para o país e há que reverter esta tendência”. O responsável da instituição sustenta que “uma das formas mais importares de promover a coesão entre o litoral e o interior é através da geração de conhecimento, do rejuvenescimento da população e ter massa crítica capaz de alicerçar aquilo que há-de ser o desenvolvimento de cada região”.
Sobrinho Teixeira acredita que o IPB será uma das instituições beneficiadas pela medida que pensa ser a melhor forma de distribuir os alunos pelos vários politécnicos e universidades do país. “Eu diria que este é um mecanismo dos mais eficazes e que menos ónus financeiro tem para o país para promover a coesão territorial, quer enquanto presidente do IPB, que irá beneficiar com esta medida, quer pela visão que Portugal tem de promover a coesão, entendo que é uma das medidas mais acertadas que este governo poderia tomar”, argumenta.
Apesar de o IPB não ter registado uma diminuição do número de alunos nos últimos anos, muito por causa da captação de novos alunos como de estudantes estrangeiros, o decréscimo de inscrições é a norma nos politécnicos, em particular nos do interior, e segundo Sobrinho Teixeira as medidas dos últimos anos, como os números clausus, não têm resultado. “Apesar de há mais de dez anos termos a limitação do número de vagas, em Lisboa e no Porto, o número de alunos nestas duas cidades tem aumentado, por outros regimes e por outras vias. O efeito que se pretendia, que o país não concentrasse os alunos todos nestas duas cidades, não tem tido reprodução na realidade. Por isso é que me parece que era necessária uma medida adicional que revertesse esta realidade”, conclui.
A medida ainda está em discussão, mas o objectivo é que entre em vigor já no início do próximo ano lectivo.

Escrito por Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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