segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O outono

Como quem não quer a coisa... ele vem de mansinho.
Começasse a dar por ele porque aqui e ali cai uma folha...
O vento rodopia com as folhas que dançam a sua melodia
Nota-se uma aragem fresca, carícia fria no rosto sereno
Chove, pois então! Outono sem chuva é fresco verão.
Um casaco acompanha, agora, o velho e o menino e a bela senhora.
Os dias estão menores, o sol deita-se mais cedo
As azinheiras que guardam a minha casa, albergam agora, quantidade significativa de asas.
Semeiam as bolotas atapetando o chão, correm as ovelhas que as comem como pão.
Mas o que mais me consola, quando chove, é o arco-íris que corta o céu, colorindo-o de luz, ensinando sonhos, alimentando ilusões... não há potes de ouro, nem mesmo de tostões.



 


Mara Cepeda

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