quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Festival dá vida a Serapicos e S. Joanico

Sons & Ruralidades trouxe gente de diferentes pontos do País para conhecer as tradições do Mundo Rural
As aldeias de Serapicos e S. Joanico ganharam vida com a chegada de jovens e outros visitantes, atraídos sobretudo pela beleza das paisagens. O Festival Sons & Ruralidades, que decorreu durante o fim-de-semana, no concelho de Vimioso, deu a conhecer tradições e os recantos do Mundo Rural e atraiu pessoas de diferentes pontos do País.
O passeio sonoro pelas margens do rio Angueira foi uma das actividades desenvolvidas no âmbito do festival. Os participantes caminharam ao longo de quatro quilómetros pelas margens do rio Angueira e foram cativados pelos sons da natureza. A atenção para os sons emitidos pela própria paisagem foi despertada por Luís Costa, da Associação Binaural/Nodar, que participou na organização deste passeio.
“Vamos concentrar-nos nos pequenos detalhes da paisagem e tentar harmonizar o que estamos a ver com o que estamos a ouvir, tentando dar algum ênfase ao ouvido. Podem ser sons mínimos, pode ser uma folha que está a cair, que produz som”, alerta Luís Costa.
Ao longo do percurso foram surgindo vários sons enquadrados na paisagem que foram despertando a atenção dos caminheiros. O chilrear dos pássaros, o canto das cigarras e a água a cair marcaram os quatro quilómetros entre Serapicos e S. Joanico. Mas de repente, o verde da vegetação e o azul da água são quebrados pelo acastanhado das terras lavradas que ainda produzem nas margens do Angueira. E por isso junta-se mais um som aos da natureza, o barulho de um tractor que lavra um terreno naquela zona.
Já praticamente no final do percurso surge a oportunidade de ver de perto os lagostins, que são um verdadeiro petisco por estas paragens. Mas há mais peixe no Angueira.
“Aqui pesca-se o barbo, a sarda, o escalo, o lagostim. Já lançaram aqui truta, mas foi sol de pouca dura, o rio não tem um caudal muito forte no Verão e a truta requer uma água mais límpida e mais corrente”, conta Emílio Pires, tesoureiro da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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