segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sem saber para onde

não sei que dizer
sentir
ou fazer
nas noites que passam
como se dias fossem
em que a vida acontece
com menos esplendor
mais tormentos
solidão
desamor

tão erma estou
deserta de mim
que apenas penso
em estar assim
e mesmo ao meu lado
suspira na cama
outro exilado

quantos revolteios
nesta casca de noz
tão frágil
onde navego
gélidas paragens

o olhar não atinge
outros horizontes
onde a mão se entende
onde a mão se esconde...
apenas caminho
sem saber para onde


Mara Cepeda

Sem comentários:

Enviar um comentário