domingo, 29 de janeiro de 2012

O carro do Futuro: Eng. Aurélio Araújo; alunos Luís Correia e Carlos Mesquista do IPB

Observação: Esta entrevista foi realizada em 2005. Obviamente, muita coisa mudou nas vidas destas três pessoas. O Eng. Aurélio Araújo concluiu com êxito o seu doutoramento e os alunos Luís e Carlos estão, com certeza, no mercado laboral a desenvolver um trabalho meritório nas suas áreas de atuação. 
A eles, que se dignaram conceder-nos esta entrevista, um muito obrigado.

Mara e Marcolino Cepeda

São os mentores do veículo que representa o Instituto Politécnico de Bragança no concurso Shell Eco Marathon. Aurélio Araújo, engenheiro mecânico e professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPB e os estudantes Carlos Mesquita e Luís Correia falam do projecto que já lhes proporcionou uma Menção Honrosa naquele concurso. 

Falem-nos um pouco das vossas vidas, por favor.

Aurélio Araújo (AA) – Eu, como já foi dito nasci nos Açores. Tive uma breve passagem pelo Canadá com os meus pis, onde frequentei, durante dois anos, a escola primária e regressei para os Açores. Tenho o percurso normal até aos dezoito anos quando fui para Lisboa tirar o meu curso. Vivi em Lisboa durante doze anos, fiz o mestrado. Fui assistente do Instituto Superior Técnico e segui sempre a carreira académica embora com breves pontos de contacto com a indústria. Entretanto saiu a oportunidade de sair de Lisboa que era uma coisa que eu na altura já desejava e vim para Bragança. Estou cá desde 98, sou professor na Escola Superior de Tecnologia e Gestão e estou a concluir a minha formação em doutoramento.

Carlos Mesquita (CM) - Sou transmontano ferrenho, nasci em Mirandela de onde sou natural mas, estou a viver em Carrazeda de Ansiães numa aldeia pequena onde fiz a escola primária, o secundário foi feito na sede de concelho, em Carrazeda de Ansiães. Candidatei-me ao ensino superior e, por mero acaso, entrei para mecânica e estou a adorar. Foi a melhor coisa que me poderia ter acontecido. Entrei para mecânica e estou no quarto ano de engenharia mecânica e espero, o mais breve possível, acabar o curso.

Luís Correia (LC) - Nasci em Mirandela, moro numa pequena aldeia pertencente a esse concelho. Frequentei os estudos normais na primária também numa aldeia vizinha porque a minha aldeia não tinha escola e, depois, fui para o secundário em Mirandela. Candidatei-me ao ensino superior e a minha intenção era mesmo mecânica. Desde pequeno sempre gostei de mecânica e concorri, mesmo, para Bragança, entrei e estou a gostar.

Professor, diga-nos o que faz um açoriano em Bragança?

AA - Estou em Bragança como poderia estar noutro sítio qualquer. Os açorianos têm uma característica que, julgo, é partilhada pelos transmontanos, que é estarem espalhados um pouco por todo o lado. Há um sentimento de insularidade nos açorianos que os faz sair. No meu caso, fui para Lisboa estudar, ainda ponderei a hipótese de regressar aos Açores mas, ainda bem que vim para Bragança, porque estou satisfeito por estar a desenvolver aqui a minha actividade profissional. Neste país há a tendência de ficar no litoral e eu fiz, precisamente, o contrário. Acho que contrariei essa tendência. É perfeitamente possível viver em Bragança, mesmo sendo açoriano ou doutra região qualquer. Eu não sinto, particularmente, falta de nada.

Carlos e Luís, como é ser aluno no interior mais interior de Portugal?

CM - É interior do interior, mas mais perto do exterior. Acho que é bom ser aluno em Bragança. Adquirimos os conhecimentos como os que estudam no litoral. Além disso, temos vantagens que os alunos de Escolas e Faculdades de maior dimensão não têm. Temos a possibilidade de ter uma relação mais próxima com os nossos docentes e, na nossa Escola, temos a liberdade de procurar os professores nos gabinetes para tirar dúvidas e resolver problemas. Ao ser uma Escola do interior há menos confusão e não chegamos atrasados às aulas por causa do trânsito (Risos).

LC - É um meio totalmente diferente. A relação com os professores é excelente. A adaptação das pessoas que vêm de fora, nomeadamente dos grandes centros, pode não ser fácil mas, depois de se habituarem começam a gostar do meio e das pessoas.

Falem-nos do veículo Shell Eco Marathon. De que forma abraçaram este projecto?

AA - A ideia já tem dois ou três anos mas, só agora foi possível concretizá-la. Partiu de um desafio feito aos alunos no âmbito da disciplina de Projecto. É uma coisa trabalhosa e, talvez por isso, não tivesse sido fácil arranjar pessoas para agarrar este projecto. O Carlos e o Luís tiveram dúvidas no início mas, conseguiram levá-lo por diante, ao ponto de conseguirem uma Menção Honrosa no concurso.
Recordo que não se trata duma iniciativa inovadora, dado que o concurso já conta com a participação de outras Universidades Portuguesas. Nós queremos participar na prova e cativar os nossos alunos.

Além disso é mais uma porta que se abre para os alunos do IPB. O que é que vos aliciou mais neste projecto?

CM - No início pensámos que íamos projectar e construir o carro a tempo de participar na prova no mesmo ano. Mas, o professor Aurélio logo nos disse que era preciso ter calma e que não ia ser possível.
Nós pensávamos que íamos conseguir mas, quando começámos a entrar nos pormenores, surgiram barreiras que, só com muito esforço, conseguimos transpor.
O que nos aliciou foi mesmo a oportunidade de participar num concurso onde o objectivo é construir um carro que ande o máximo de quilómetros com um litro de gasolina. 

LC - Quando foi a apresentação do projecto, nós pensámos logo: Bem, isto vai ser uma coisa muito complicada. Fazer um veículo... vai ser algo enorme mas, com o desenrolar foi interessante, apesar de muito stress, muito trabalho, foi engraçado.

Que dificuldades tiveram de enfrentar para dar corpo ao veículo?

AA - Começou pela ideia de dar corpo ao carro. Houve várias tentativas de estrutura. Uma dificuldade foi conseguirem dominar o software utilizado. Eles começaram com poucas bases de Solid Works mas, aprenderam bastante ao longo do projecto. Entretanto, a integração das ferramentas de cálculo, sempre foi a ideia original deste projecto, que é integrar no próprio ambiente do software todo o cálculo, os três módulos que existem que é o cálculo estrutural, o módulo de cálculo aerodinâmico, análise de movimento e de estabilidade e, isso, foi outra das dificuldades porque tivemos que aprender a trabalhar com essa integração e foi essa a origem da menção honrosa, foi exactamente, esse ponto da integração.
Isto é um projecto multidisciplinar, o que foi feito foi, basicamente, a fase estrutural. Está a continuar neste momento. Se virem o carro que foi produzido até final do ano lectivo passado e o que existe neste momento, está completamente diferente. Já está optimizado… a parte estrutural. Neste momento estamos a trabalhar na parte de transmissão. Há que fazer a adaptação do motor. Tem toda a composição electrónica por trás e é conveniente pensar nisso. Há muita coisa por fazer ainda mas, continuamos a trabalhar.

Lendo o texto que nos enviaram verificámos que o projecto foi desenvolvido em três fases. Querem falar-nos do processo que conduziu à construção do veículo?

AA - Deve estar a referir-se à fase aerodinâmica. A primeira fase foi realmente a definição da geometria e a modificação da geometria para que o veículo conseguisse resistir às solicitações impostas. Isso tem a ver com o chassis do veículo que é o componente que resiste, de facto, às solicitações. Depois há uma componente aerodinâmica que é toda a envolvente do veículo que lhe dá a forma que se vê do exterior, isso foi analisado, também, por um programa chamado flow works, cujo objectivo seria minimizar os atritos de forma a minimizar o consumo de combustível, esse é o objectivo fundamental: é percorrer o maior número de quilómetros com um litro de gasolina, ou seja, neste momento, julgo que já se ultrapassou, há algum tempo, a barreira dos mil quilómetros o que é muito. A parte de estabilidade tem a ver com garantir que o carro seja estável. As duas rodas à frente são rodas direccionais e uma das rodas de trás é a roda motriz. Este tipo de veículos poderá ter um problema de estabilidade então o cosmos motion foi utilizado para fazer a simulação do andamento do veículo usando várias trajectórias para verificar se ele teria ou não problemas de estabilidade dinâmica.

Então, com apenas um litro de gasolina, esse veículo pode percorrer mil quilómetros?

AA - Espera-se que ultrapasse mil quilómetros, quantos mais, melhor. Não há, ainda, neste momento, nenhuma estimativa porque nós estamos a trabalhar, na parte de transmissão, com outros alunos finalistas do curso.

Além desta, que outras características tem o veículo?

AA - O veículo tem um peso não ultrapassa os cem quilos. Neste momento estará 20% abaixo disso. O chassis será construído em alumínio para se tornar mais leve. Neste momento temos um chassis de tipo em Y que lhe confere rigidez e baixo peso. A estrutura, a carroçaria, será feita em fibra de carbono/vidro. Este é um trabalho multidisciplinar já que estamos a trabalhar no sistema com outros alunos e uma colega minha, a Dra. Carla Caleiro que, está a orientar dois alunos de 3º ano cujo trabalho é, a partir da plataforma dos desenhos existentes, transferir para uma máquina de comando computorizado para fazer um pequeno modelo que nos permita ensaiar no túnel de vento. Posteriormente, como se irá construir à escala real, a carroçaria do veículo em fibra de carbono. Temos de construir um molde. A nossa máquina de CC não tem capacidade e dimensões suficientes para trabalhar com um molde inteiro, então, vamos dividir, em princípio, em blocos tipo puzzle e fazer a maquinagem bloco a bloco. Depois juntamos tudo e fazemos o processo de modelação. O software produz o desenho e depois há uma passagem, mais ou menos automática, para a máquina de CNC.

Qual é a principal diferença entre este veículo e outros veículos do género?

Tem uma geometria própria. Normalmente, a geometria nunca varia muito. Costumam ser muito parecidos… as linhas, talvez o chassis seja diferente. A fórmula perfeita da aerodinâmica e a busca do reduzir do conjunto do peso porque é fundamental. Não deve ultrapassar os cem quilos, já com o condutor incluído.

Em que ponto se encontra o veículo?

AA - O carro que foi feito até final do ano lectivo passado é completamente diferente do carro que hoje temos. O que foi feito, até agora, tem a ver com a parte estrutural do veículo que, depois de algumas alterações, ficou mais leve. Estamos a trabalhar, agora, na parte da transmissão e na modificação do motor. Ainda há muita coisa por fazer e continuamos a aperfeiçoar o carro. O carro foi construído em alumínio, não pesa mais de 100 quilos e tem três rodas: duas à frente e uma atrás. A carroçaria vai ser feita em fibra de carbono ou vidro e, para isso, estamos a trabalhar com outros alunos do 3º ano e com a colaboração de uma docente que eu gastaria de referir que é a Engenheira Carla Caleiro. Dada esta configuração, existe um grande trabalho feito ao nível da estabilidade e aerodinâmica do veículo. Neste momento já se ultrapassou a barreira dos mil quilómetros com um litro de gasolina e esperamos transpor essa fasquia.

CM - Prevê-se mil quilómetros mas, recordo que há uma equipa francesa que foi vencedora de um concurso, que conseguiu fazer quase 3 500 quilómetros. Mas eles têm outra tecnologia e uma escola que só se dedica a isto.

LC - Este é um projecto em que estão envolvidas escolas de outros países e de Portugal.

Não estavam à espera de receber a Menção Honrosa?

CM - Não. Começámos do zero, incentivados por professores, colegas e funcionários. A única coisa que tínhamos era o regulamento, que era fornecido gratuitamente e, nem sequer sabíamos trabalhar com o software que é usado na construção do carro. Se tivéssemos uma disciplina sobre a modelação do carro e a utilização desse software, era totalmente diferente. Quando desenvolvemos o protótipo do veículo, aproveitámos as férias da Páscoa para fazer uma visita a uma exposição dos carros que já participavam em Portugal que decorreu no Arrábida Shopping. Fomos fazer espionagem (risos) e conseguimos tirar muitas ideias para o nosso projecto.

 
A pobreza sempre existiu, em Portugal e no mundo. Apesar dos avanços tecnológicos e, embora se viva melhor, a pobreza continua a ser uma realidade palpável. Será que a tecnologia conseguirá resolver este problema?

AA - Não passa só pela tecnologia. Poderá ter um papel importante mas, julgo que passa mais por uma organização do Estado, de políticas sociais, de políticas económicas. A tecnologia terá o seu contributo. Não poderemos ver nunca, um ponto de vista tecnológico, tecnocrata. Há políticas de fundo que têm de ser estabelecidas, económicas e sociais, que façam com que o país deixe de ter estas assimetrias porque, existem assimetrias muito vincadas, especialmente, entre o litoral e o interior. Julgo que um desenvolvimento mais harmonioso no país, seria muito importante.

Acham qua a criação de uma unidade industrial de tecnologia de ponta pode ser uma realidade em Bragança?

AA - Não sei se seria viável mas, o motor de desenvolvimento da região passa pela criação de empresas não poluentes. O IPB tem um papel importante nessa tarefa, na colaboração com as empresas já existentes. Existem pessoas qualificadas que saem do IPB, existe "know-how" e estamos numa região geograficamente bem situada, dada a proximidade com Espanha e com outros países da Europa.

Há mão-de-obra a sair constantemente do IPB…

AA - Que pode ser aproveitada para implementar um projecto deste tipo...
     
CM – Sim, até porque passamos pela crise da falta de emprego e seria uma grande ideia construir uma indústria ligada a esta área que, embora, ainda não dominemos a tecnologia, para lá caminhamos a passos largos. Estamos perto da Europa, a Espanha está ao nosso lado, é só saltar a fronteira. Estamos num local geograficamente bem plantado então, passa pela política.
           
Não sei qual são as vossas previsões de futuro. Provavelmente sairão, como grande parte dos nossos jovens, para outras paragens.

CM - Como eu disse no início, sou um transmontano ferrenho. Não quero sair de Trás-os-Montes mas, talvez não seja fácil, porque está tudo no litoral. Se houvesse condições, porque não ficar a trabalhar na região? Agora, a verdade é que não existem grandes perspectivas para quem vai começar a vida. São necessários outros incentivos para os jovens e para as empresas que queiram implantar-se em Trás-os-Montes.

Será, o vosso modelo, o automóvel do futuro?

AA - O automóvel do futuro talvez seja pouco poluidor. Deve recorrer a fontes de energia alternativas e com consumo irrisório, no caso de consumir combustíveis fósseis. Aliás, no mercado automóvel actual aparecem já muitas soluções de motorizações híbridas. O futuro aponta para tecnologias baseadas em energias alternativas e menos poluentes ou, para um a redução progressiva e acentuada do consumo de combustíveis fósseis.

Há, inclusive, uma Universidade no Norte da Europa, que conseguiu fazer um veículo semelhante ao vosso mas, movido a água. Li essa notícia, há dias, na revista Única do jornal Expresso. A ideia de uma Idade Ecológica será incompatível com a tecnologia?

AA- Não. Eu julgo que a tecnologia é um instrumento para atingirmos essa Idade Ecológica porquê, só com o desenvolvimento tecnológico é que nós podemos sair da nossa dependência de combustíveis poluentes para outras fontes. A tecnologia é, de facto, o motor que aponta nessa direcção.

Bragança está a caminhar no sentido de se tornar uma cidade ecológica. São as previsões da Câmara Municipal de Bragança. O que lhes parece?

A.A.- Acho que não é uma cidade muito poluída. Quando fala em ecológica fala em…

Numa cidade com capacidade para explorar a natureza de forma racional e cuidadosa. Em vez de se explorar uma indústria poluente explorar uma indústria ecológica…

AA- Sim, tem muitas potencialidades nesse sentido. Toda a área envolvente de Bragança é uma fonte ecológica. Os Parques Naturais… Eu acho que o Presidente da Câmara tem razão.

JC - Penso que o Presidente da Câmara podia incentivar um pouco mais, visto que a nossa vizinha Espanha tem grandes parques eólicos e deixar que, também, em Portugal se pudessem criar esses parques. As leis e, por vezes, as associações ambientalistas, dificultam a implementação desses parques. Devemos potenciar a busca de energias renováveis e, talvez aí, encontremos uma cidade ecológica.

O que pode ser feito para melhorar o futuro de toda esta região?

CM - Apostarem nos jovens…

Querem comentar a polémica da passagem ou não do Instituto Politécnico de Bragança a Universidade?

AA- Eu partilho da opinião do Professor Dionísio: a Universidade já existe. Ultimamente, tenho insistido muito nessa frase: A Universidade já existe por dentro. Tem o nome de Instituto Politécnico mas, só de nome, porquê os requisitos para uma passagem a Universidade, a nível de formação dos quadros já existem. É meramente uma questão política.

É uma questão de mudança de placa e dos estatutos. E para vocês? Se calhar, para os alunos seria ainda melhor do que para os próprios professores.

LC- Era sempre bom. Seria ainda melhor… quando fomos receber a menção honrosa, via-se lá o Instituto Superior Técnico de Lisboa, depois algumas faculdades como a FEUP e o IPB… foi muito bom mesmo. Estávamos só nós cá de cima e, também, o Minho…

A passagem do Instituto Politécnico de Bragança a Universidade traria benefícios à região?

CM - Para já faria com que nos olhassem de outra maneira. Porquê, por vezes, quando se está a fazer a candidatura, podem pensar que sendo uma universidade, o grau de exigência é maior ou que há melhores professores, ou que há melhores laboratórios ou porque lá vamos sair com um canudo a dizer “da Universidade tal…” mas isso é falacioso. Nós, no IPB, temos tão bons ou melhores laboratórios que em certas Universidades, temos professores com altos graus académicos e temos a paz, o sossego… no final do curso, infelizmente, não temos um canudo a dizer Universidade, temos um canudo a dizer Instituto Politécnico de Bragança.

LC - Nós ainda não sabemos mas, penso eu que, quando uma pessoa vai a uma entrevista para um emprego, acho que deve ser totalmente diferente, olhar e dizer: esta pessoa formou-se numa Universidade ou, esta pessoa formou-se num Instituto.

Para terminar, este pergunta impõe-se a todos os entrevistados: Que personalidade ou personalidades mais os marcaram ao longo das vossas vidas?

AA- De momento não me está a ocorrer, assim, uma marcante. O meu pai é a personalidade que me ocorre em primeiro lugar. De facto, quer queiramos quer não, um pai marca muito o percurso de uma pessoa. Eu tive, também, bons professores, alguns que me recordo, do Técnico mas, não queria entrar em nomes.

CM - A família marca e na família englobo duas pessoas, o pai e a mãe, que têm ajudado muito e aquela frase que, à noite, antes de ir deitar, eles repetem: “Tu consegues, vai em frente.” É muito boa de ouvir e incentiva muito.

LC - Partilho da ideia do Carlos. De longe, pai e mãe, porquê, para nós andarmos aqui, alguém tem que ganhar o dinheiro para nós gastarmos e, de longe, se não fossem eles, não seria possível andarmos aqui a estudar.

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