Ernesto José Rodrigues é professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em 1996. Poeta estreado em 1973, editou Inconvencional (Braga), J. C. Falhou Um Penalty (em colaboração, Bragança, 1976), Poemas Porventura (Lisboa, 1977), Março ou as Primeiras Mãos (em colab., Lisboa , 1981), Para Ortense: Variantes (Lisboa, Bico d’Obra, 1981), Sobre o Danúbio (Lisboa, Black Sun Editores, 1985), Ilhas Novas (Funchal, Câmara Municipal, 1998), estando, ainda, presente numa dezena de colectâneas.
Na ficção, e afora antologias, deu Várias Bulhas e Algumas Vítimas (Lisboa, Edições Ró, 1980), novela reeditada em A Flor e a Morte (Lisboa, Bico d’Obra, 1983), seguindo-se os romances A Serpente de Bronze (Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1989) e Torre de Dona Chama (Lisboa, Editorial Notícias, 1994). Dirigidas à infância, escreveu Histórias para Acordar (Lisboa, Editorial Notícias, 1996), com ilustrações de Célia Rodrigues e Lídia Rodrigues.
Edição bilingue de poesia e prosa saiu em Budapeste com o título Sobre o Danúbio/A Duna Partján (1996).
Título também miscelanear, acrescido de ensaísmo, é Pátria Breve (Lisboa, Textype, 2001).
Faz crítica literária regular desde 1979, tendo colaborado em, nomeadamente: Világirodalmi Lexikon [Dicionário de Literatura Mundial; Hungria], Biblos. Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, Dicionário do Romantismo Literário Português, Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura (Edição Séc. XXI), Dicionário de Literatura (dir. de Jacinto Prado Coelho, sendo coordenador de Literatura Portuguesa e Estilística Literária, nos 3 vols. de Actualização, Porto, Figueirinhas, 2002-2004), e nas seguintes publicações, entre outras: Acta Litteraria Academiae Scientiarum (Budapeste), Biblioteca, Boca do Inferno, Brigantia, Cadernos Aquilinianos, Camões, Colóquio/Letras, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Diário Popular, Domus, Europeu, Expresso, História, Islenha, Jornal do Fundão, JJ – Jornalismo e Jornalistas, JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias, Ler, Letras & Letras, O Liberal, Literastur – Revista de Literatura en Lenguas Ibéricas (Gijón), Magyar Napló (Budapeste), Margem 2 (Funchal), Nagyvilág (Budapeste), Peregrinação, Revista da Faculdade de Letras (Lisboa), Românica, Saudade, Tempo, Vária Escrita, Vértice.
Simultaneamente, vem prefaciando edições, que organiza, de Oitocentistas: Eça de Queiroz, A Catástrofe e Outros Contos (Kisboa, Ulisseia, 1986); Ramalho Ortigão, Farpas Escolhidas (Ulisseia, 1991) e As Farpas, 11 volumes (Lisboa, Círculo de Leitores / Barcelona, RBA, 2006); Alexandre Herculano, O Bobo (Ulisseia, 1992); Camilo Castelo Branco, Eusébio Macário (Ulisseia, 1992), A Corja (Ulisseia, 2000), A Queda Dum Anjo (Porto, Edições Caixotim, 2001), Anátema (Caixotim, 2003), Obras Completas de Camilo Castelo Branco – I (em 15 vols.; prefácio; Barcelona, RBA), 2005, Poesia (Caixotim, 2006); Júlio Dinis, Os Fidalgos da Casa Mourisca (Ulisseia, 1994).
Alguns desses trabalhos prefaciais comparecem em Cultura Literária Oitocentista (Porto, Lello Editores, 1999).
Editou, igualmente, A Madárember (O Homem Pássaro, Budapeste, Íbisz, 2000), antologia do moderno conto português; e Augusto Moreno, Poesias (Bragança/Freixo de Espada à Cinta, Câmara Municipal, 2002).
Prefaciou, entre outros, Hélia Correia/Jaime Rocha, A Pequena Morte/Esse Eterno Canto (Lisboa, Black Sun Editores, 1986); Clara Pinto Correia/Mário de Carvalho, E Se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê? (Lisboa, Relógio d’Água, 1996); João Pedro de Andrade, Ambições e Limites do Neo-Realismo Português (Lisboa, Acontecimento, 2002).
No ensaísmo, deu, ainda, Visão dos Tempos. Os Óculos na Cultura Portuguesa (Lisboa, Optivisão, 2000) e Verso e Prosa de Novecentos (Lisboa, Instituto Piaget, 2000).
Crónica Jornalística. Século XIX (Lisboa, Círculo de Leitores, 2004; Âncora Editora, 2005 [no prelo]) reúne, após longa introdução, 64 textos de 1827 a 1900.
Tradutor de ficção e poesia húngaras, e estudioso das relações entre os dois países – por que foi agraciado pelo Estado húngaro (1983, 1989, 2002) –, cabe referir: István Örkény, Contos de Um Minuto, 1983; Novíssima Poesia Húngara, 1985, ambos em Lisboa, Bico d’Obra; Péter Zirkuli, O Instante Luminoso, trad. colectiva [Casa de Mateus, 1995], Lisboa, Quetzal, 1997; PortugalHungria, em colab., Budapeste , 1999; Petőfi Sándor, Vinte Poemas, edição bilingue, Lisboa, 1999; responsável pela lírica húngara em Rosa do Mundo – 2001 Poemas para o Futuro, Lisboa, Assírio & Alvim, 2001; Antologia da Poesia Húngara, Lisboa, Âncora Editora, 2002; Imre Kertész, Sem Destino, 2003; A Recusa, 2003; Kaddish para Uma Criança Que não Vai Nascer, 2004, em Lisboa, Presença; e Aniquilação, Lisboa, Ulisseia, 2003. No prelo, está, deste Prémio Nobel de Literatura 2002, Um Outro. Crónica de Uma Metamorfose. Já em 2006, sairão, nas Publicações Dom Quixote, Dezső Kosztolányi, Cotovia; Magda Szabó, A Porta; Márai Sándor, A Herança de Eszter.
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