Uma distinção merecida mas inesperada. A Leque - Associação Transmontana de Pais e Amigos de Crianças com Necessidades Especiais, de Alfândega da Fé, venceu a segunda edição do prémio Manuel António da Mota, que premeia o voluntariado.
O prémio tem um valor pecuniário de 50 mil euros, sendo que esta segunda edição tinha como objectivo premiar “organizações promotoras de voluntariado que se distingam no desenvolvimento de actividades e projectos inseridas em programas de voluntariado de relevante interesse social e comunitário”.
O júri entendeu que a Leque se distinguiu entre dez finalistas pelo facto de dar uma “resposta integrada”, designadamente por apoiar directamente crianças com deficiências, mas também dar apoio “psicossocial” às suas famílias.
Pesou também o facto de esta associação estar instalada numa área do território nacional (zona sul do distrito de Bragança) pouco servida por equipamentos que dêem resposta a este problema.
O júri deste galardão decidiu ainda atribuir menções honrosas às restantes nove candidaturas finalistas.
Celmira Macedo, a responsável pela Leque, admite que não esperava esta distinção. “Sinceramente, não esperava. Os projectos eram todos muito bons. Quando os vi fiquei um pouco desanimada porque havia projectos extraordinários. Fiquei surpresa quando percebi que tínhamos ganho a esses projectos, o que quer dizer que o nosso é um projecto de excelência”, destaca.
No entanto, a responsável pela Leque, revela que já há destino para os 50 mil euros do prémio Manuel António da Mota.
“Neste momento ficou o compromisso, na cerimónia, que este prémio seria o primeiro passo para a construção do centro de noite”, adianta, sublinhando a componente de voluntariado da instituição, que tem apenas dois funcionários. “Tudo o resto é feito com base no voluntariado”, frisa.
Mas não só. Celmira Macedo acredita que haverá mais vantagens para a associação para além dos 50 mil euros. “Vai permitir outro tipo de parcerias e dar visibilidade à Leque, pois esteve presente o Primeiro-Ministro. E, sobretudo, conseguimos sensibilizar a Segurança Social da necessidade de estabelecermos o acordo atípico”, sublinha, adiantando que o serviço de apoio nocturno não será construído de raiz, “pois o dinheiro não dá para tanto”, mas reconvertendo um espaço existente.
A Leque existe há dois anos, tem actualmente 17 utentes e funciona em Alfândega da Fé. É também responsável por um projecto pioneiro, a escola de pais, que ajuda os pais a lidar com crianças com necessidades educativas especiais.
Agora viu o seu esforço reconhecido pela fundação Manuel António da Mota.
Escrito por Brigantia
Retirado do site da Rádio Brigantia
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