domingo, 17 de julho de 2011

Razões transmontanas

Aqui estamos, neste espaço sagrado de sabedoria, história e cultura que tanto nos enobrece e entusiasma, Aqui sentimos pulsar a nossa ancestralidade, reflectida no presente e que, com certeza, nos adubará o futuro.
É nosso dever retirar ilações de todo este legado de valor incalculável. O Museu Abade de Baçal é o reflexo perfeito dos seus fundadores e da alma pater que o imaginou, o Abade Francisco Manuel Alves. Sem ele, provavelmente não estaríamos aqui hoje. O Abade é, sem dúvida, uma das figuras mais notáveis deste país e uma das personalidades incontornáveis da cultura da nossa região. Somos verdadeiramente privilegiados por sermos herdeiros desta obra excepcional.
É um privilégio e uma honra aqui estar. Desde o primeiro momento contámos com a disponibilidade e simpatia da Dr.ª Ana Maria Afonso, directora do Museu a quem agradecemos encarecidamente.
Agradecemos ao nosso amigo Teófilo, companheiro do Marcolino em grandes lides jornalísticas no Mensageiro, antes e depois do 25 de Abril. Pela vida fora, desde meninos, sempre camaradas, concordando umas vezes, discordando outras, mas sempre amigos. Passei a fazer parte dessa “sociedade” quando casei com o Marcolino, já lá vão quase vinte e três anos.
O tempo passa mas os verdadeiros amigos ficam e nós, felizmente, temos muitos e bons, basta olhar para esta sala. Nesta Sala de Honra, acarinhados pela imponente figura do Abade, sentimo-nos obrigados a fazer mais e melhor. Agradecemos a todos a amabilidade de fazerem o favor de nos acompanhar nesta nova caminhada que queremos frutuosa.
Este projecto é criança de seis anos e nasceu apenas com a intenção de mexer com a consciência dos transmontanos de nascimento e dos transmontanos de coração. Todos são bem-vindos e as suas colaborações, imprescindíveis para o futuro de todos nós.
Pensou o Marcolino, reunir um leque alargado de pessoas a quem entrevistaríamos num programa de rádio. A RBA foi a escolhida. Fizemos oitenta e duas entrevistas. Fomos ouvindo e registando, com a ajuda do Rui Mouta, as intervenções dos nossos convidados e apercebemo-nos da sua importância. As ideias fluíam em catadupa e entendemos haver necessidade de as fixar. Excertos de algumas foram publicados no jornal Nordeste.  
Pensou-se a sua publicação em livro. Dificuldades várias impediram que assim se fizesse. Surgiu a ideia do blogue e aqui estamos, abertos ao mundo, demandando o empenhamento de todos na divulgação desta região.
Agradecemos aos oitenta e dois entrevistados: Augusto Monteiro, Teófilo Vaz, Terroso Cepeda, Telmo Verdelho, Helena Genésio, Nicolau Sernadela, António Afonso, Teófilo Bento, Tojé Cepeda, o senhor Bispo Dom António Montes Moreira, Jorge Morais, Arnaldo Rodrigues, Neto Jacob, Jorge Gomes, Graça Morais, Padre Jaime Coelho, António Mourinho, Hélder Carvalho, Germano Lima, Domingos António, José Carrapatoso, José Manuel Alves, Chrys Chrystello, José Batista Ortega, Nelson Rebanda, Ernesto José Rodrigues, Machado Rodrigues, Aurélio Araújo e Luís Correia e Carlos Mesquita, Manuel Barroco, Armando Martinho Queijo, Aires, Dionísio Gonçalves, António Tiza, Sância Pires, Duarte Lopes, Cruz Oliveira, Telmo Teles, Álvaro Barreira, Ramiro Pires, Bruno Gonçalves, Maurício Vaz, Amadeu Ferreira, Fátima Castanheira, José Brinquete, Fernando Peixinho, Júlio de Carvalho, José António Nobre, Adriano Diegues, Paulo Vale, Hirondino Fernandes, Rui Mouta, Luciano Fernandes, Eng. Manuel Guerra Junqueiro, Albino Bento, Alves Mateus, Sobrinho Teixeira, Ana Maria Afonso, Padre António Amado, Isabel Ferreira, António Gonçalves, Luís Queijo, Arnaldo Cadavez, Carlos Aguiar, Daniel Catalão, Anabela Martins, Carlos Fernandes, José Peixoto Mota, Henrique Rodrigues, Ana Pires, Pedro Guerra, José Paulo Matias, Felisberto Lourenço, Arlindo Almeida, Balbina Mendes, Susana Pires, Rodrigues da Conceição, Carlos Meireles, Sérgio Videira, Joana Fernandes, Henriqueta Bracons, Salomão Fernandes e Antónia Martins, Luís Pais.
A todos reconhecemos a disponibilidade, a boa vontade, o carinho com que nos trataram apesar da nossa insistência: como desabafou o Dr. Hirondino da Paixão Fernandes - “Só tu Marcolino me fazias dar esta entrevista”; ou, outro exemplo, agora do Dr. Arnaldo João Rodrigues que se deixou dizer: “mas Maria de Jesus acha que eu tenho algum interesse para as pessoas? Olhe que ninguém quer saber do que digo”. Mas, insistimos porque sabíamos que era importante o que tinham para dizer.  
A todos um grande bem-haja.
Mara Cepeda (Maria de Jesus G. Cepeda)

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