domingo, 24 de julho de 2011

Domingo

Apesar do vento, Bragança acordou hoje cheia de sol e de calor. Tudo convidava a um passeio sem horas. Nada de pressas, apenas o embeber a alma na natureza, sempre tão pródiga em pequenos e grandes detalhes, em belas paisagens, em perfumes simples e naturais. 
Podemos apreciar o belo azul do céu, para mim, o mais belo azul do mundo inteiro. Quem me dera poder transportar nos olhos este azul para onde fosse, mesmo que a alma e o coração estejam tristes e enevoados. Mesmo que a chuva caia insistentemente qual garoa paulistana, tão aniquiladoramente frustrante, como o sonho mais íntimo que não conseguimos realizar.
Trás-os-Montes brilha em todo o seu esplendor. Começamos a receber os imigrantes que por este mundo labutam, sem nunca esquecerem a terra que os viu nascer.
Pertencemos ao sítio onde nascemos. É qualquer coisa inexplicável ou que a genética talvez explique. Faz parte de quem teve a sorte de aqui iniciar uma vida.
O nosso desejo é que este sentimento inexplicável que nos faz regressar sempre, possa, de alguma forma, repercutir-se a bem da nossa região.
Contamos consigo.

Mara Cepeda

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