Presidente do PEN Clube Português (2019-2022).
Membro da direcção da Associação Portuguesa de Escritores (2008-2017).
Secretária-geral da Associação Portuguesa de Escritores (2018). Desde 2016,
vice-presidente do Conselho Fiscal dos Críticos Literários. Desde 2006,
investigadora integrada no Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e
Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Doutora em Literatura e Cultura Portuguesa pela
Universidade de Lisboa (2011). Mestre em Literatura Portuguesa Moderna e
Contemporânea (1992) e licenciada em Filologia Românica (1975) pela Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa.
A nível profissional, foi professora orientadora de
estágios no ensino secundário e autora de programas e manuais escolares para o
ensino secundário. Na década de 80, enquanto assessora de um Grupo Parlamentar
da Assembleia da República, participou activamente na discussão da Lei de Bases
do Sistema Educativo, aprovada a 14 de Outubro de 1986 (Lei n.º 46/86).
Integrou, entre 1992 e 1995, a equipa do Instituto de Lexicologia e
Lexicografia da Academia das Ciências de Lisboa, colaborando na terminologia
literária.
Dirigiu a edição das Obras Completas de José
Rodrigues Miguéis, prefaciando os treze volumes desta colecção, editada pelos
Círculo de Leitores, entre 1994 e 1996.
Coordenou, entre 1997 e 2004, a equipa de
organização do espólio literário de David Mourão-Ferreira na Fundação Calouste
Gulbenkian. A sua tese de doutoramento reflecte este trabalho, abordando o
percurso do sujeito alusivo à viagem de regresso de Ulisses – o herói de David
Mourão-Ferreira.
Integrou júris de ficção, poesia e ensaio de
diversos prémios, nos quais foram galardoados Eduardo Lourenço, Maria Helena da
Rocha Pereira, Eugénio Lisboa, João Rui de Sousa, Vasco Graça Moura, José Gil,
Maria Velho da Costa, Lídia Jorge, Hélia Correia, Nuno Júdice, entre outros.
Excelente oradora e comunicadora, proferiu grande
número de palestras e conferências, quer em Portugal, quer no estrangeiro,
como, por exemplo, Brasil, França e Itália, entre outros locais, e colaborou
nas mais prestigiadas revistas literárias portuguesas e brasileiras e em quatro
dezenas de volumes colectivos de ensaio.
Iniciou-se na ensaística, em publicação individual,
com Si On Parle du Silence de la Mer (Editora Danúbio, 1985),
centrado na novela de Vercors Le Silence de la Mer, publicada em
1942 pela Éditions de Minuit.
O ensaio O Eu em Régio: a
Dicotomia de Logos e Eros (1.ª ed., 1993; 2.ª ed., 1994) foi agraciado
com o Prémio de Ensaio José Régio / 1989.
Em 1994, editou O Imaginário de
Lisboa na Ficção Narrativa de José Rodrigues Miguéis (1ª ed.,
Editorial Estampa, 1994; 2ª ed., Círculo de Leitores, 1996; 3ª ed., Editorial
Estampa, 1997), prefaciado por David Mourão-Ferreira, no qual analisa as
representações de Lisboa a partir dos contos de José Rodrigues Miguéis,
incidindo principalmente sobre Saudades para a Dona Genciana e
os romances A Escola do Paraíso, O Milagre segundo Salomé, Uma
Aventura Inquietante, Nikalai! Nikalai!, Idealista no
Mundo Real, O Pão não Cai do Céu.
Em Leituras Poliédricas (1ª ed. s.e.,1996,
2ª ed. refundida e aumentada, Universitária Editora, 2002), prefaciado por
Maria Lúcia Lepecki, Teresa Martins Marques reúne ensaios sobre Cesário Verde,
Gomes Leal, Raul Brandão, José Régio, José Rodrigues Miguéis, Vitorino Nemésio,
Eugénio Lisboa, Fernando Aires, João de Melo e Onésimo Teotónio Almeida.
A sua tese de doutoramento foi refundida e aumentada
em Clave de Sol – Chave de Sombra. Memória e Inquietude em David
Mourão-Ferreira (Âncora Editora, 2016), em que analisa a obra de
David-Mourão Ferreira, fruto do contacto com o espólio e usando materiais
literários e não literários éditos e inéditos, apresentando novas linhas de
leitura acentuando as polarizações da memória e da inquietude.
Para além do ensaio, Teresa Martins Marques cultivou outros géneros, como a biografia (O Fio das Lembranças – Biografia de Amadeu Ferreira – Âncora Editora, 2015), o teatro (Anjas ao Sol – 2015), o conto (Carioca de Café – 2009; Degraus do Passado – 2014; O Avesso do Amor – 2019; Chronica Adefonsi Imperatoris – (2020) e o romance (A Mulher que Venceu Don Juan – Âncora Editora, 2013, estando em curso traduções deste livro na Roménia e na Hungria). Este último integra o Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário e é tema de uma tese de mestrado- 2019, na UNESP (Brasil).
Retirado de www.escritoreslusofonos.net
Teresa Martins Marques está de parabéns com este novo romance. Tive o privilégio de estar em sua casa poucos dias antes da edição do seu "Não Matarás - Romance de um Crime", onde a ouvi ler os dois primeiros capítulos do "Não Matarás".
Parabéns querida amiga.
Maria Cepeda
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