segunda-feira, 17 de outubro de 2022

GUERRA



Gera onda de revoltas vestidas de rugas

Utopias czaristas que trazem trocos nos bolsos

Envoltas em cadáveres de torturas inauditas 

Revolta pelo menosprezo da vida humana

Retratada no choro das crianças que chamam pelo pai

Angústias  ao desbarato em bunkers onde o sol não sorri. 


Rasga o peito ensanguentado, impotente e abandonado

Ultima desejos, anseia pecados... tudo acontece... mãos cheias de cravos

Sem esperança, de olhos fechados recebe na face os estilhaços

Sedentos de sangue, enganam meninos de lágrimas caídas... 

Inocência perdida, despojos de guerra, angústia sentida nos confins da Terra

Aurora perdida, naúfragos sem vida, afogam as tristezas nos corações.


Acabar sem demora já que tempo não se pode ter. 

É uma guerra senhor, sem esperança. Apenas dor. 

Os meninos choram. Não querem ver.

Têm as mãos frias por falta de amor. 

Desmoronam-se as vidas cheias de rancor. 

Se ao menos houvesse uma flor...


Maria Cepeda

Sem comentários:

Enviar um comentário