Gera onda de revoltas vestidas de rugas
Utopias czaristas que trazem trocos nos bolsos
Envoltas em cadáveres de torturas inauditas
Revolta pelo menosprezo da vida humana
Retratada no choro das crianças que chamam pelo pai
Angústias ao desbarato em bunkers onde o sol não sorri.
Rasga o peito ensanguentado, impotente e abandonado
Ultima desejos, anseia pecados... tudo acontece... mãos cheias de cravos
Sem esperança, de olhos fechados recebe na face os estilhaços
Sedentos de sangue, enganam meninos de lágrimas caídas...
Inocência perdida, despojos de guerra, angústia sentida nos confins da Terra
Aurora perdida, naúfragos sem vida, afogam as tristezas nos corações.
Acabar sem demora já que tempo não se pode ter.
É uma guerra senhor, sem esperança. Apenas dor.
Os meninos choram. Não querem ver.
Têm as mãos frias por falta de amor.
Desmoronam-se as vidas cheias de rancor.
Se ao menos houvesse uma flor...
Maria Cepeda
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