domingo, 2 de julho de 2017

1,6 milhões de euros para criação de marca única de produtos agro-alimentares transfronteiriços (28/06/2017)




Criar uma marca única para comercializar produtos endógenos do território transfronteiriço próximo do Douro Internacional. Foi com este objectivo que o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro (AECT) fez uma candidatura a fundos comunitários, que viu aprovada com um valor de 1 milhão e 600 mil euros.
“É um projecto de exportação de produtos endógenos agro-alimentares na região de fronteira tanto de Portugal como de Espanha e de internacionalização das pequenas empresas dos dois lados da fronteira e a sua comercialização de forma a potenciar a economia familiar”, explicou o director geral do agrupamento, José Luís Pascual. 
O objectivo é também criar uma central de reserva on-line de forma a promover s espaços turísticos nos territórios abrangidos. 
Do lado Português pretende-se abranger todos os concelhos desde Vinhais até ao Sabugal e do lado espanhol desde Zamora até à província de Salamanca, ajudando os pequenos produtores. No total serão abrangidas cerca de 200 entidades.  
“Pretendemos que os produtos de Trás-os-Montes, douro e beira interior norte, podem passar as nossas fronteiras e ser exportados devido à alta qualidade que têm. Queremos acabar com as dificuldades dos produtores, na comercialização e exportação dos seus produtos. Vamos apoiar os pequenos produtores, com a criação de uma plataforma para a venda, onde os produtores só têm de se dedicar em manter a qualidade. É uma forma de apoiar e assegurar a fixação de pessoas nestes territórios”, sublinhou o director geral do AECT Duero- Douro. 
Queijos, mel, carne, amêndoa, azeite, vinho e fumeiro são os principais produtos que vão fazer parte da primeira denominação de origem internacional para produtos agro-alimentares. Que se vai traduzir numa “marca única, identificativa deste território e da qualidade dos seus produtos”, reiterou José Luís Pascual. 
Com este projecto pretende-se desenvolver também o sector do turismo nas regiões de fronteira aproveitando os produtos agro-alimentares para promover todo o sector turístico e vice-versa. Vão fazer parte deste empreendimento ibérico, desde produtores agro-alimentares, agentes de hotelaria, operadores turísticos e outros sectores que alavanquem o desenvolvimento de todo o território transfronteiriço, aproveitando a posição central destas regiões no mapa ibérico e europeu.

Escrito por Jornalista Débora Lopes

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