ClassicFest” acontece entre 1 e 10 de Outubro e há concertos gratuitos
Jornalista Ângela
Pais
Bragança vai realizar pela primeira vez um festival
internacional de música clássica. Nos dois primeiros fins-de-semana de Outubro,
o Teatro Municipal, a Sé Velha, a Igreja de Santa Maria e a Cidadela vão abrir
portas aos brigantinos e visitantes que queiram ouvir música erudita.
“Bragança ClassicFest” conta com artistas como Diana
Tishchenko, violinista, Héctor Del Curto, bandoneonista, e até com a Orquestra
de São Petersburgo, da Rússia. O Teatro Municipal de Bragança, entidade
responsável, quer assim colocar Bragança na rota mundial dos festivais de música
clássica.
“Há aqui uma vontade muito grande que o festival não
fique só para aqueles que costumam vir assistir a música clássica. Queremos
cativar e conquistar todos os públicos”, afirmou o director artístico do
festival. Filipe Pinto-Ribeiro, também pianista, explicou que um dos objectivos
da iniciativa é alterar o estigma de que a música clássica é dirigida a um
grupo de pessoas específicas e salientou que, contrariamente ao que muitos
pensam, está bastante presente no dia-a-dia. “A música clássica inspira muitas
músicas populares, está presente em filmes que vemos, nas séries, nas
telenovelas, em tantos anúncios. Ouvir por exemplo,
‘As Quatro Estações’, de Vivaldi, sem saber, muitas
pessoas vão reconhecer”, referiu.
O concerto de abertura é no dia 1 de Outubro e é a
Orquestra de São Petersburgo que dá o arranque. O bilhete é grátis, como muitos
outros do festival. Noutros, o custo é sete euros, “um preço simbólico”, que
pode ainda ser reduzido, com descontos para crianças e idosos. “Os preços são
para as pessoas poderem vir e repetir.
Chegar a um maior número de pessoas possível e que
venham, experimentam, gostem e possam vir outra vez”, frisou Filipe
Pinto-Ribeiro.
Envolver o Conservatório de Música e Dança e os
agrupamentos de escolas é também uma preocupação do director do teatro.
Cristiano Cunha quer aproximar os mais novos também deste tipo de música e,
para isso, vai reunir com os professores para que se estabeleça uma ponte entre
o teatro e as crianças. “Tentaremos ainda no futuro próximo, não sei se será
ainda nesta edição, levar um dos músicos de renome internacional ao conservatório.
Para os alunos seria uma coisa marcante para o resto da vida”, referiu,
concluindo que é uma “missão educativa” do teatro
criar “novos públicos”.
Retirado de www.jornalnordeste.com
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