terça-feira, 14 de setembro de 2021

Festival de música clássica vai encher espaços culturais e religiosos em Bragança

ClassicFest” acontece entre 1 e 10 de Outubro e há concertos gratuitos

Jornalista Ângela Pais

Bragança vai realizar pela primeira vez um festival internacional de música clássica. Nos dois primeiros fins-de-semana de Outubro, o Teatro Municipal, a Sé Velha, a Igreja de Santa Maria e a Cidadela vão abrir portas aos brigantinos e visitantes que queiram ouvir música erudita.

“Bragança ClassicFest” conta com artistas como Diana Tishchenko, violinista, Héctor Del Curto, bandoneonista, e até com a Orquestra de São Petersburgo, da Rússia. O Teatro Municipal de Bragança, entidade responsável, quer assim colocar Bragança na rota mundial dos festivais de música clássica.

“Há aqui uma vontade muito grande que o festival não fique só para aqueles que costumam vir assistir a música clássica. Queremos cativar e conquistar todos os públicos”, afirmou o director artístico do festival. Filipe Pinto-Ribeiro, também pianista, explicou que um dos objectivos da iniciativa é alterar o estigma de que a música clássica é dirigida a um grupo de pessoas específicas e salientou que, contrariamente ao que muitos pensam, está bastante presente no dia-a-dia. “A música clássica inspira muitas músicas populares, está presente em filmes que vemos, nas séries, nas telenovelas, em tantos anúncios. Ouvir por exemplo,

‘As Quatro Estações’, de Vivaldi, sem saber, muitas pessoas vão reconhecer”, referiu.

O concerto de abertura é no dia 1 de Outubro e é a Orquestra de São Petersburgo que dá o arranque. O bilhete é grátis, como muitos outros do festival. Noutros, o custo é sete euros, “um preço simbólico”, que pode ainda ser reduzido, com descontos para crianças e idosos. “Os preços são para as pessoas poderem vir e repetir.

Chegar a um maior número de pessoas possível e que venham, experimentam, gostem e possam vir outra vez”, frisou Filipe Pinto-Ribeiro.

Envolver o Conservatório de Música e Dança e os agrupamentos de escolas é também uma preocupação do director do teatro. Cristiano Cunha quer aproximar os mais novos também deste tipo de música e, para isso, vai reunir com os professores para que se estabeleça uma ponte entre o teatro e as crianças. “Tentaremos ainda no futuro próximo, não sei se será ainda nesta edição, levar um dos músicos de renome internacional ao conservatório. Para os alunos seria uma coisa marcante para o resto da vida”, referiu, concluindo que é uma “missão educativa” do teatro criar “novos públicos”.


Retirado de www.jornalnordeste.com 

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