quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Artista brigantino expõe esculturas de madeira e ferro



Galeria História e Arte acolhe a exposição “Incertezas Partilhadas” até ao final do mês.
“Incertezas Partilhadas” foi o título escolhido por João Ferreira para a colecção de esculturas que, até ao final do mês de Janeiro, está exposta na Galeria História e Arte, em Bragança.
O nome pelo qual era tratado familiarmente enquanto criança, Janjã, foi adoptado pelo escultor como nome artístico, para o “distinguir de um colega com o mesmo nome”, quando frequentaram a Faculdade de Belas Artes, contou ao Jornal Nordeste. 
Expõe frequentemente na Galeria História e Arte, situada na Rua Abílio Beça, em Bragança e dinamizada pela esposa do artista, Emília Nogueiro,  através da Associação Cultural Tempo Líquido. 
O principal objectivo desta galeria, que comemora este ano 10 anos de funcionamento, é promover a arte e a cultura em geral e o património histórico e artístico local, em particular. Promove visitas guiadas ao património histórico e artístico do concelho, exposições de artes visuais, palestras, encontros com os autores, oficinas e cursos de artes plásticas e ciclos de cinema de autor.
A localização no centro da cidade, na mesma rua do Museu do Abade de Baçal, do Centro de Fotografia Georges Dussaud e do Centro de Arte Contemporânea, facilita a vista de turistas ao espaço cultural. “Costumamos ter a visita de bastantes turistas, sobretudo espanhóis e já temos espanhóis que vêm de propósito às inaugurações das nossas exposições, até porque também temos boas relações com artistas de Espanha”, referiu João Ferreira.
Quanto à exposição “Incertezas Partilhadas”, o autor prefere convidar a uma vista, preferindo que cada obra “fale por si”. As obras foram produzidas entre 2015 e 2016 e a principal matéria-prima utilizada é a madeira, dedicando especial atenção às técnicas de envelhecimento.
  
Perfil do escultor: João Ferreira – Janjã
João Ferreira – Janjã, (João Manuel Vaz dos Santos Ferreira Rodrigues) nasceu em Bragança, 1960. Licenciou-se em Ciências Jurídicas na Universidade Portucalense do Porto. Desde finais da década de 90 que se dedica de forma constante à escultura. Colaborou com mestres escultores Bijagós na Guiné Bissau. Frequentou o Mestrado em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Está representado em várias colecções privadas em Portugal, Espanha, Bélgica e França. Expõe de forma regular desde 2002.
Sobre as obras:
O escultor sente-se atraído pela reciclagem de materiais, sobretudo ferro e na transformação de madeira, que ele próprio trata, e que traz da aldeia de Palácios, no concelho de Bragança.
As madeiras de nogueira, de carvalho, de castanheiro e de olmo são as preferidas de João Ferreira. 

Por: Jornalista Sara Geraldes
Retirado de www.jornalnordeste.com 
 

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