Hoje, com o vento a mandar no tempo
tenho os pés frios
como lágrimas
de não saber porque tenho lágrimas
a escorrer da alma que sinto tão triste
Mara Cepeda
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Aqui está a 30ª entrevista
Desempenha atualmente as funções de Presidente do Instituto Superior de Estudos Interculturais e Trandisciplinares de Mirandela - Instituto Jean Piaget.
É natural de Grijó, Macedo de Cavaleiros.
A sua vida está intimamente ligada ao Instituto Jean Piaget Nordeste de Macedo de Cavaleiros , do qual foi fundador e Presidente durante quase toda a década de 90.
Teve uma pequena incursão em Angola na Universidade Jean Piaget de Luanda, a qual abandonou por problemas de saúde.
É natural de Grijó, Macedo de Cavaleiros.
A sua vida está intimamente ligada ao Instituto Jean Piaget Nordeste de Macedo de Cavaleiros , do qual foi fundador e Presidente durante quase toda a década de 90.
Teve uma pequena incursão em Angola na Universidade Jean Piaget de Luanda, a qual abandonou por problemas de saúde.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Armando Queijo Honoris Causa

Na origem da atribuição do título Doutor Honoris Causa esteve os “relevantes e altos serviços prestados na educação e na formação de jovens quadros superiores, bem como pelo contributo dado para o desenvolvimento económico, social e cultural da região”.
De referir ainda que, Armando Queijo foi também agraciado com o título de Maestria em Tecnologia Educativa, considerando o seu destacado profissionalismo, a sua capacidade de direcção e de gestão e o contributo dado para a qualidade e excelência educativa em solo Ibero Americano.
Actualmente, Armando Queijo desenvolve a sua actividade no Campus Universitário de Mirandela do Instituto Piaget, onde o trabalho desenvolvido tem sido brilhante e que em muito tem contribuído para a divulgação e a cada vez maior afirmação da cidade de Mirandela no contexto regional transmontano e alto-duriense.
Escrito por: Vanessa Martins
Retirado do site do Jornal Nordeste
Entrevista: Escultor Manuel Barroco, natural de Quintas das Quebradas, Mogadouro
Bom, eu posso começar pelo meu ano de nascimento, porque geralmente é um hábito ignorar o ano de nascimento e eu não vejo razão para que isso possa acontecer, eu nasci em 1940 e é curioso que na aldeia dizem que foi o ano do ciclone; parece que houve um ciclone nesse ano e deve ser também por isso que mudou um pouco a minha faceta de estar. Mas, nasci realmente nessa aldeia, é uma aldeia muito pequena, olhe nem freguesia é, a freguesia é Castelo Branco e fiz ali a instrução primária. Esses foram tempos muito complicados porque o nível de ensino nem sequer escola tinha, portanto, a que existe lá na aldeia foi construída pelo próprio povo sem qualquer intervenção do estado ou das autarquias, não era escola oficial, era apenas um posto onde exercia actividade uma professora, uma regente escolar e eu fiz aí a 3ª classe, andei com essa senhora a quem eu devo muito que já faleceu, infelizmente; os exames eram feitos na Sé da freguesia de Castelo Branco, a 2ª e 3ª classe; a 4ºclasse ela não tinha habilitação para me ensinar, e foi a troco de pagamento da minha família, dos meus país que ela me preparou para a 4ª classe, e eu fui fazer a 4ª classe a Mogadouro, portanto, a instrução primária; a partir da 4ª classe saí da zona da aldeia, onde passei todos os anos as férias, o resto do primeiro, secundo e terceiro período foram passados noutros sítios, em vários sítios.
Que recordações guarda do tempo da sua meninice?
Da minha meninice recordo-me das pessoas que eram excepcionais. Toda aquele gente um pouco agreste, rude mas, com uma simpatia, uma simplicidade excepcional; um problema que houvesse com alguém na aldeia, havia sempre resposta de outro alguém, mesmo aquelas pessoas que tinham alguma animosidade entre elas… acabava-se tudo naquela altura, ajudavam-se mutuamente, hoje não. Hoje essa faceta está um pouco perdida, o que é de lamentar.
Há outros interesses?
Sim, só para lhe contar um episódio, quando eu passei para a 3ª classe, era para ir ter aulas na Sé de freguesia de Castelo Branco que dista 5 km. Era um caminho de cabras. O meu pai comprou um burro para que eu e o meu irmão pudéssemos ir para a escola e disse à pessoa que lhe vendeu o burro que era um cigano, o Zé: “Arranja-me um burro para os rapazes poderem ir para a escola, mas tem de ser manso. Ora, eu e o meu irmão íamos no burro mas, não andámos mais do que 300 metros pois, o burro nem para a frente nem para trás e foi assim que tivemos que voltar novamente para a aldeia.
Onde fez os seus estudos? Já nos falou que foi para Mogadouro, mas antes de ir para a escola de Belas Artes em Lisboa onde estudou?
Portanto, uma vez acabada ali, a instrução primária um pouco conturbada, com bom aproveitamento fui para Valença do Minho para um colégio de freiras franciscanas, onde estive dois anos e onde fiz admissão ao liceu. O primeiro e o segundo anos, os exames foram feitos em Viana do Castelo. Depois fui para Braga onde fiz o terceiro, o quarto e o antigo quinto anos do liceu. Por influências familiares regressei a Trás-os-Montes onde estive um ano, em Macedo de Cavaleiros o que se mostrou uma má experiência, porque estava habituado a estar num ambiente citadino como era Braga, que era uma cidade espectacular, uma cidade linda… Regressar a Macedo de Cavaleiros que, apesar de ser vila, era uma aldeia pior que Mogadouro, que me perdoem os macedenses, mas é verdade, isto no ano de 56/57. Dei-me muito mal, foi o único chumbo da minha vida. Depois fui para o Porto, onde acabei o liceu no Grande Colégio Universal. Fui voluntário para a Força Aérea onde estive muitos anos, tendo ido para o ultramar e, só depois ingressei na escola superior de Belas Artes onde terminei a licenciatura em escultura.
Foi difícil a integração num meio maior?
Na Escola Superior de Belas Artes foi um pouco difícil, porque me apercebi-me, que havia grupos que pertenciam a umas certas elites. O bacharelato terminava-se com o quarto ano; a licenciatura só se podia concluir se passássemos para o quinto ano com uma média superior a quinze valores e era muito difícil tirar uma nota superior a quinze. Se tivesse na família, pessoas ligadas a artes plásticas, pintura, escultura ou arquitectura a coisa era mais facilitada. Aparece, ali, um transmontano em Lisboa, na Escola Superior de Belas Artes, sem qualquer pergaminho no campo das artes… Foi um bocado complicado mas, eu também sou teimoso; continuei, insisti e provei que realmente tinha mérito, lamento dizer-lhe pela falsa modéstia mas, terminei a licenciatura com uma nota bastante elevada e considerei-me realizado porque vi a dificuldade com que se conseguia a licenciatura naquela época, antes do 25 de Abril que é preciso frisar.
Quando é que sentiu que era esse o seu caminho?
Biografia: Escultor Manuel Barroco
O escultor Manuel Barroco, nasceu em Quintas da Quebradas, Mogadouro, Trás-os-Montes;
Licenciado em escultura pela escola superior de belas artes de Lisboa;
Professor efectivo do ensino secundário;
Tem vários trabalhos em medalhística e escultura, integrados na arquitectura e em diversos espaços urbanos;
Fez várias exposições individuais, dezenas de exposições colectivas nas mais prestigiadas galerias do país;
Distinguido com vários 1º e 2º prémios em certames de escultura de âmbito nacional;
Vem referido em várias publicações de artes plásticas em Portugal e no estrangeiro.
Obs: Neste momento já está reformado e dedica-se à escultura e, também, à exploração do seu projeto de turismo de habitação em Quinta das Quebradas, sua terra natal.
Obs: Neste momento já está reformado e dedica-se à escultura e, também, à exploração do seu projeto de turismo de habitação em Quinta das Quebradas, sua terra natal.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
A publicação da 30ª entrevista aproxima-se...
Ainda parece que foi ontem que demos asas a este projeto e já lá vão trinta semanas!
O tempo passa tão rapidamente que não temos tempo de o viver.
Somos minúsculas peças nesta engrenagem gigantesca e desconhecida de que fazemos parte.
Tentamos, humildemente, rasar ao de leve a superfície das águas estagnadas.
Não temos a veleidade de o conseguir mas, se pudermos ser levíssima brisa, daquelas de imperceptibilidade tal, que apenas intuamos a sensação, consideramo-nos vencedores.
Obrigados por continuarem a acompanhar-nos nesta intuição sensitiva de brisa. Trás-os-Montes merece.
Mara e Marcolino Cepeda
O tempo passa tão rapidamente que não temos tempo de o viver.
Somos minúsculas peças nesta engrenagem gigantesca e desconhecida de que fazemos parte.
Tentamos, humildemente, rasar ao de leve a superfície das águas estagnadas.
Não temos a veleidade de o conseguir mas, se pudermos ser levíssima brisa, daquelas de imperceptibilidade tal, que apenas intuamos a sensação, consideramo-nos vencedores.
Obrigados por continuarem a acompanhar-nos nesta intuição sensitiva de brisa. Trás-os-Montes merece.
Mara e Marcolino Cepeda
Motoristas já receiam vir a Bragança por causa dos desvios ao IP4

Os acidentes já aconteceram (logo na primeira semana em que vigorou esta alternativa ao IP4 um automóvel caiu num buraco e um camião tombou na valeta) e os sustos sucedem-se. Os motoristas queixam-se que o desvio, pela Estrada Nacional 15, é demasiado estreito para o cruzamento de dois pesados. “Temos de recorrer a toda a nossa perícia. Já há colegas de Braga e do Porto com medo de vir fazer serviços a Bragança por causa das condições da estrada”, sublinha Alcino Balesteiros, motorista de autocarros, que faz carreiras diárias para Porto e Braga.
Por sua vez, João Abel, motorista de camiões da David e Nuno, uma empresa de materiais de construção de Bragança, diz que “é muito estreito” e que já partiu um espelho “ao cruzar com um autocarro”. “Aquilo está uma miséria, não tem as medidas para uma estrada daquelas”, sublinha.
Apesar de a estrada ter sido, em tempos, a única ligação com o litoral, na altura “havia muito menos trânsito do que agora”. “As obras têm de ser feitas mas deviam fazer os desvios em condições”, acrescenta, lamentando que “toda a gente se acomode”.
Alcino Balesteiros Diz que só “indo pelo meio da estrada” se consegue circular com alguma segurança, “caso contrário, vamos logo para a valeta”. Até ao fecho desta edição não foi possível obter uma reacção por parte da concessionária, a Auto-estradas XXI, apesar das diversas tentativas de contacto feitas ao longo de uma semana.
Escrito por Brigantia (CIR)
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