terça-feira, 2 de novembro de 2021

Virgílio Nogueiro Gomes lança o livro "À Portuguesa: Receitas em Livros Estrangeiros até 1900", em Bragança, 28/10/2021

 “À Portuguesa: Receitas em Livros Estrangeiros até 1900” foi apresentado, ontem, na Biblioteca Municipal de Bragança com a presença da Vereadora da Cultura, Fernanda Silva e a Presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes, Assunção Anes Morais, entre outros convidados. 

De realçar as seguintes palavras do autor, transmontano, nascido em Bragança: “Um ingrediente presente na maioria das receitas de doçaria é a laranja. Sendo que Portugal foi um grande distribuidor de laranja doce, o que levou a que, em muitos países, a palavra que designa o fruto se relacione com a etimologia do topónimo Portugal”.

São 118 receitas, dos séculos XVII, XVIII e XIX, que pretendem salientar parte da identidade portuguesa na cozinha estrangeira.




Fotos de Maria Cepeda

Maria Cepeda

Receitas à Portuguesa (www.novoslivros.pt)


 1-Qual a ideia que esteve na origem deste seu livro «À Portuguesa: Receitas em livros Estrangeiros até 1900»?

R- Tudo começa com os meus estudos de “Menus” europeus nos quais surgiam, por vezes, denominações «à portuguesa» sem que encontrasse nos livros da época as receitas. Decidi fazer uma investigação cuidadosa de livros desde o século XIV e especialmente em reino Unido, França, reinos de Espanha e da Península Itálica. Encontrei as primeiras receitas em 1604 e optei por terminar em 1900 pois o século XX é pródigo em muito receituário e muita divulgação.

2-A obra evidencia um facto nem sempre claro para nós, portugueses: muitas receitas nossas tiveram um expressão relevante em vários países e em várias épocas: a que se deve esta situação?
R- Não foi fácil entender e especialmente para as receitas de salgados. Tentei abordar factos ou situações de proximidade do local de publicação e a presença de portugueses que tenham estado naquele tempo e naquele território. Há livros mais fáceis como o de 1611 pois foi o cozinheiro que acompanhou o Rei Filipe II enquanto esteve em Portugal. Também o livro de 1669 pois são receitas que a Rainha Catarina, Princesa de Portugal mais gostava que lhe confecionassem na corte do Reino Unido. Quanto aos doces, a maioria deve-se ao facto de os portuguese terem distribuído pela Europa a “laranja doce”. Assim, doces com laranja doce remetiam a sua denominação para Portugal.

3-No âmbito da sua pesquisa para este livro, o que mais o surpreendeu?
R-  Possivelmente as biografias dos autores das receitas.
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Virgílio Nogueiro Gomes
À Portuguesa: Receitas em Livros Estrangeiros até 1900
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Ernesto Rodrigues: «Sê todo em cada coisa. Põe quanto és / No mínimo que fazes.» (www.novoslivros.pt)

 

Ernesto Rodrigues é um autor dos sete instrumentos: ficção, poesia, teatro.
Desde os anos 70 do século XX que vem construindo uma obra com um estilo muito próprio. 
Em 2021, publicou um romance (A Terceira Margem) e uma antologia das suas peças de teatro.

O que é para si a felicidade absoluta?
A serenidade junto dos meus – família e amigos –, atento aos ruídos do mundo.

Qual considera ser o seu maior feito?
Pacificar-me.

Qual a sua maior extravagância?
Um casamento falhado.

Que palavra ou frase mais utiliza?
Calma.

Qual o traço principal do seu carácter?
Integridade.

O seu pior defeito?
Credulidade.

Qual a sua maior mágoa?
Ver morrer um irmão.

Qual o seu maior sonho?
Deixar, na memória de alguns, um verso, frase, personagem ou obra conseguida.

Qual o dia mais feliz da sua vida?
17 de Junho de 1956.

Qual a sua máxima preferida?
«Sabes o que eu chamo ser bom: ser de uma bondade perfeita, absoluta, tal que nenhuma violência ou imposição nos possa forçar a ser maus.» Séneca, a Lucílio.

Onde (e como) gostaria de viver?
Em Roma, gozando a reforma.

Qual a sua cor preferida?
Verde.

Qual a sua flor preferida?
Amor-perfeito.

O animal que mais simpatia lhe merece?
Cavalo.

Que compositores prefere?
Bach, Mozart, Beethoven, Schubert, Duke Ellington, John Coltrane.

Pintores de eleição?
Piero della Francesca, Mantegna, Bosch, Leonardo, Bruegel (o Velho), Cézanne.

Quais são os seus escritores favoritos?
Cervantes, Vieira, Flaubert, Camilo, Eça, Kafka, Céline, Borges, Márai Sándor, Miguéis, Buzzati.

Quais os poetas da sua eleição?
Camões, Baudelaire, Pessoa, Drummond de Andrade, József Attila, Jorge de Sena.

O que mais aprecia nos seus amigos?
Lealdade.

Quais são os seus heróis?
Meus pais, Aristides de Sousa Mendes e quantos, sem segundas intenções, se dedicam aos outros.

Quais são os seus heróis predilectos na ficção?
Calisto Elói, em A Queda Dum Anjo, e os sujeitos que se contam em Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, Fastigínia, de Tomé Pinheiro da Veiga, e Uma Solidão Demasiado Ruidosa, de Bohumil Hrabal.

Qual a sua personagem histórica favorita?
Marco Aurélio.

E qual é a sua personagem favorita na vida real?
Teresa Martins Marques.

Que qualidade(s) mais aprecia num homem?
Inteligência multiforme.

E numa mulher?
Inteligência multiforme.

Que dom da natureza gostaria de possuir?
Harmonia.

Qual é para si a maior virtude?
Solidariedade.

Como gostaria de morrer?
Serenamente, ouvindo “Nessun dorma”, do Turandot de Puccini.

Se pudesse escolher como regressar, quem gostaria de ser?
Eu mesmo.

Qual é o seu lema de vida?
«Sê todo em cada coisa. Põe quanto és / No mínimo que fazes.»

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Ernesto Rodrigues na “Novos Livros” | Entrevistas

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Pauliteiros de Miranda arrancam aplausos no Dubai em dia das Nações Unidas (Lusa em Dom, 24/10/2021)

"É ENORME EM PODER LEVAR AS DANÇAS E OS TRAJES A TODO O MUNDO”


Os Pauliteiros de Miranda arrancaram hoje aplausos de uma plateia multicultural, composta por visitantes provenientes de vários países, no decurso das duas atuações na Expo Dubai 2020, numa altura em que procuram o reconhecimento da Unesco.

Os Pauliteiros de Miranda dançaram na área frontal do pavilhão de Portugal instalado nesta exposição mundial no dia que é dedicado às Nações Unidas e que não deixou os visitantes indiferentes ao som da gaita de foles, caixa de guerra e bombo. O característico bater dos paus e as castanholas de madeira, mostram que a sonoridade é importante para estas danças ancestrais.

Apesar de algum nervosismo e agitação inicial, entre as peças do traje e afinação de instrumentos, os Pauliteiros de Miranda, no distrito de Bragança, não deixaram os créditos por mãos alheias, sabendo que a sua imagem vai percorrer o mundo, através de num palco tão “privilegiado” como é a Expo Dubai 2020, numa altura em que estas danças procuram o estatuto de Património Imaterial da Humanidade.

Danças ou “lhaços” como o Assalto ao Castelo, 25 de Roda, Fado, entras do seu vasto reportório que assenta no cancioneiro e danças tradicionais do Planalto Mirandês não deixaram indiferentes quem se concentrou em frente ao pavilhão de Portugal para assistir a este evento tido como “único”.

A jovem Gabriela Rodrigues é a porta-estandarte dos Pauliteiros de Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, e que representam os vários grupos existentes no território do Planalto Mirandês e que garante que transportar este símbolo “é uma enorme responsabilidade”.

“É uma grande responsabilidade e acima de tudo um grande orgulho ser porta-estandarte dos Pauliteiros. Falo por todo quando digo que o orgulho é enorme em poder levar as danças e os trajes a todo o mundo”, vincou.

Para Rui Preto, um dos dançadores do grupo que representa os Pauliteiros de Miranda na Expo Dubai 2020, disse que há muita responsabilidade de cada vez que se veste o traje de Pauliteiro.

“Hoje houve um pouco de nervosismo. Mas quanto maior o nervosismo, maior será o nível das nossas atuações. Agora esperamos atingir o patamar de Património Imaterial da Humanidade”, frisou o dançador.

Para o comissário-geral de Portugal para a Expo 2020 no Dubai, Luís Castro Henriques, não há melhor montra e esta foi uma oportunidade “ótima” para os pauliteiros de Miranda se mostrarem ao mundo.

“A Expo Dubai já contabilizou mais 700 mil visitantes, esta foi uma boa oportunidade para os nossos Pauliteiros surpreenderem os visitantes o que lhes dará uma grande força para a sua candidatura a Património Imaterial da Humanidade que está ser dinamizada de momento ”, vincou o responsável.

Os Pauliteiros de Miranda do Douro, cuja candidatura a Património Imaterial da Humanidade está a ser preparada, representaram hoje o destino Porto e Norte de Portugal na Expo 2020 Dubai, com duas atuações, numa ação conjunta do Turismo do Porto e Norte [TPNP] e da AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal].

A origem da dança dos Pauliteiros não reúne consenso entre os investigadores.

“Esta terá nascido durante a idade do ferro, na Transilvânia, espalhando-se posteriormente pela Europa”, afiançam alguns.

Alguns autores, tal como o Abade de Baçal, defendem que a sua origem se deve à clássica dança pírrica guerreira dos gregos.

Este investigador, já falecido e tido como uma das maiores referências etnografia do Nordeste Transmontano, dizia que via poucas diferenças entre esta dança e a dança dos Pauliteiros tais como a substituição das túnicas pelas saias, o escudo pelo lenço sobre os ombros, os chapéus enfeitados e a utilização da flauta pastoril.

Mas a dança dos pauliteiros manifesta também vestígios de danças populares do sul de França e na dança das espadas dos Suíços na idade média.

Os romanos seriam os responsáveis pela propagação da dança pírrica a esta região.

Para caminhar ao tão desejado estatuto de Património Mundial da Humanidade já foi feito o registo no Matriz PCI - Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, para depois mais tarde se avançar com as formalidades da candidatura. Este registo é obrigatório desde 2018 e está praticamente pronto.

A Expo 2020 Dubai conta com a participação de 192 países e é a primeira a decorrer no Médio Oriente entre 01 de outubro e 31 de março e tida como “ o grande evento à escala mundial depois da pandemia”.




Retirado de www.diariodetrasosmontes.com

O MUSEU DA LÍNGUA (Texto do Professor Adriano Moreira, publicado no dia 22 de outubro de 2021, no "Diário de Notícias")

Nesta data as responsabilidades e inquietações dominantes são provocadas pelos desafios do desequilíbrio da paz, a debilitação das alianças, da importância do credo mundial de valores humanos, que são os significados do projeto da ONU, que neste período é declarado frágil e arriscado pela voz do secretário-geral, que denuncia o risco de a organização estar ameaçada por um pântano dissolvente.

Embora este seja o inquietante risco da paz global, tem exigência e sentido mostrar, e apreciar, tradições que ligam o passado ao futuro reconduzindo ao equilíbrio e à paz, com interventores cujo exemplo assegura, por exemplo, que as intervenções do Papa Francisco aparecem gratificando a esperança de todo o género humano, independentemente da fé, da etnia e da cultura identificadora. Entre essas culturas reapareceu a adesão à importância da língua portuguesa com o sinal que foi dado com a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa na grande cidade de São Paulo, que não dispensou esse símbolo ao lado das instituições académicas valiosas que possui. A perceção do significado da reconstrução e da inauguração do museu foi compreendido e sublinhado pela presença na cerimónia do professor Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, num grupo em que se encontravam o presidente de Cabo Verde, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer e a ministra da Cultura de Angola. No discurso do Presidente português podemos destacar estas palavras que a imprensa recolheu: "Para não esquecer as cinzas do passado mas a partir delas reconstruirmos o futuro."

A multidão que assistiu à histórica inauguração lembra o conceito que um dia veio da intervenção do então reitor da Universidade de Brasília, que afirmou que assim como Dante foi indispensável para a identidade de Itália, e Cervantes para a identidade de Espanha, Camões para Portugal, Gilberto Freyre foi para o Brasil e para a unidade da CPLP. Em Portugal, aconteceu na cidade de Bragança ser prestada homenagem, com a atribuição de um prémio literário, a Fabiana Ballete de Cara Araujo, académica de São Paulo, que pôde ser surpreendida pelo facto de ali estar em construção o primeiro Museu da Língua Portuguesa no nosso território.

Tratando-se de consagrar também a intervenção cultural que a riqueza da província deve ao antigo presidente da câmara Eng. António Jorge Nunes e ao atual presidente, Dr. Hernâni Dias, não pude deixar de lastimar, junto desses amigos, o impedimento que tenho para ir a Bragança, de lhes enviar o sentimento que tive lembrado das numerosas e valiosas instituições culturais que ali se encontram.

Mas o próprio nome do livro da homenageada Fabiana Ballete de Cara Araujo sobre O Silêncio Guardado nas Horas desperta e acompanha a persistência com que ali se cumprem os deveres de enfrentar os desafios das crises que sofremos mas sem nunca dispensar as obrigações que hoje são sobretudo referidas e pregadas pelo Papa Francisco. Voltando a colocar em vigor o histórico movimento de Assis, seguros de que a sua importância acompanha o que se passou em São Paulo, onde não faltou a intervenção do nosso Presidente da República.

Recordei na carta as palavras do Papa Francisco, que se articulam com as do secretário-geral da ONU e a mobilização internacional portuguesa. Tudo lembra também a discutida relação entre passado, presente e futuro, em que nem sempre pareceu que o passado não é recebido a benefício de inventário, mas é o legado da geração que se segue que tenta o legado do futuro da geração que se segue e com a qual não seremos conviventes. O desafio é estar na criação do legado, sem ignorar que o risco é de não terem sido eliminados erros.

No que toca à língua portuguesa, e ao significado particular da reconstrução do Museu de São Paulo, e da construção do Museu da Língua em Bragança, parece de admitir que não se trata de qualquer valor imperial que se atribua, e que tem o relevo referente à avaliação e adjetivação utilizada por Gilberto Freyre em discurso feito em Lisboa, ponto de partida para o por si criado lusotropicalismo, suscitando livres divergências intelectuais, que não rodearam ainda os restantes autores europeus citados pelo reitor de Brasília. A língua não parece implicar conflitos legais, quando em todos os países que a adotaram, e a nossa, aceitaram e criaram diferentes inovações. Isto parece tornar mais aceitáveis os que admitem que a língua é nossa, mas não é só nossa, e a liberdade de inovar é geral, o que é nosso é a criação e difusão dos valores que permitiram criar a CPLP. O próprio "credo dos valores" muda as exigências. Lembremos que todos os membros da CPLP são marítimos, e a situação dos mares exige apoios.

Mas sobretudo é evidente que a guerra da covid atinge todos os vivos, e os mais carentes necessitam de ajuda. Finalmente lembremos que é necessário participar com o ensino dos jovens desses países, que vêm formar-se entre nós, que o seu principal dever é regressar ao apoio dos seus povos. A nossa solidariedade não é apenas da língua, é também de humanismo.

Retirado de www.dn.pt 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Mais fotos sobre a entrega da 2ª edição do Prémio Professor Adriano Moreira

 Infelizmente, o Professor Doutor Adriano Moreira não pode estar presente na entrega do prémio desta 2ª edição, por razões de saúde. Desejamos rápidas melhoras.












Fotos de Maria Cepeda

Anúncio e Entrega do Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira (Retirado do facebook da Câmara Municipal de Bragança)

Fabiana Ballete de Cara Araújo, natural de S. Paulo, Brasil, é a vencedora do Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira, 2.ª edição, com a obra inédita "O silêncio guardado nas horas", apresentada a concurso sob o pseudónimo Emily B.

O anúncio foi feito pelo Presidente do Conselho de Curadores da Biblioteca Adriano Moreira, Eng.º Jorge Nunes, no decurso da cerimónia de entrega do referido prémio, que consiste numa obra do escultor António Nobre e de um diploma, ocorrida no dia 15 de outubro, no Teatro Municipal de Bragança, no final do Lusoconf 2021.

Fabiana Araújo, presente na cerimónia, com obra publicada, como indicou na sua comunicação, é graduada em Odontologia pela Universidade de São Paulo, mestre e doutora em Odontologia, Restauradora especialista em dentística restauradora e em medicina chinesa. É, ainda, pós-graduada em Escrita Criativa.

O júri deste prémio, constituído pelo Professor Catedrático Manuel Braga da Cruz (Presidente do Júri), pelo Doutor António Bártolo Alves (ALTM), Doutor Henrique Manuel Pereira (Diocese Bragança-Miranda), Doutor Carlos Manuel da Costa Teixeira (IPB) e Doutor João dos Santos Cabrita da Encarnação (CMB), avaliou, com total empenho, disponibilidade e rigor, num curto espaço de tempo, o elevado número de trabalhos candidatados, sacrificando outros compromissos profissionais e pessoais, tarefa que merece ser notada e reconhecida.

Das intervenções proferidas, e na impossibilidade de estar presente, destaca-se uma mensagem profunda e reflexiva endereçada pelo Professor Adriano Moreira, Patrono do Prémio.

Estiveram presentes na cerimónia o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, além do executivo camarário, o Presidente do Concelho de Curadores da Biblioteca Adriano Moreira, António Jorge Nunes, a Presidente da Academia de Letras de Trás os Montes, Assunção Anes Morais, o Presidente do IPB, Orlando Rodrigues, o representante da Diocese Bragança-Miranda, o representante do júri, Carlos Teixeira. Assinala-se, ainda, a presença de vários associados da ALTM.

Ao Conservatório de Música e Dança de Bragança coube o momento de abertura e encerramento da cerimónia, com o aluno Paulo Preto a interpretar dois temas ao piano.