quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NERBA estuda projectos para a região

O Núcleo Empresarial da Região de Bragança, o Nerba, vai desenvolver projectos estratégicos, em parceria com a Associação Industrial Portuguesa, para ajudar as empresas a enfrentar a crise. As associações reuniram-se ontem, em Bragança, para delinear as acções a implementar no terreno.
O presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, acredita que os projectos que deverão avançar no distrito de Bragança vão fortalecer o tecido empresarial.
“Temos quatro eixos estratégicos fundamentais, a inovação, a cooperação empresarial, a internacionalização e o financiamento. São as acções dentro destes eixos às que nós damos prioridade”, garante.

 O presidente do NERBA afirma que o próximo passo é seleccionar os projectos que mais se adeqúem ao distrito de Bragança. Eduardo Malhão acredita que há projectos que ainda vão avançar este ano.
“A agenda de projectos da AIP é muito grande e depois podíamos ter dificuldade em implementar pela escala e especificidade da nossa região. Mas são desde a criação de um fundo de capital de risco à criação de micro-crédito que sejam valorizados em termos de economia local”, explicou o presidente do Nerba.
Para Eduardo Malhão esta reunião também teve um forte contributo para mudar o rumo do associativismo na região.

 “O associativismo, tal como outras áreas, parou no tempo. Temos de fazer um caminho de evolução e de serviços que prestamos à comunidade”, diz.
As ideias dos empresários para a região de Bragança.


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carnaval das escolas de Bragança saiu à rua

Cerca de 1100 crianças das escolas primárias da cidade de Bragança participaram esta terça-feira na festa de Carnaval das Escolas.
A iniciativa é organizada há 13 anos pela Junta de Freguesia da Sé, mas agora com um novo figurino, como refere o presidente, Paulo Xavier.
“Há 13 anos fazíamos o desfile pelas artérias da cidade mas não dava mais, por causa do frio. Desde há dois anos que fazemos na discoteca”, diz.

 As crianças passaram uma tarde animada cheia de música e dança com muita magia à mistura.
“Tem muitas coisas boas e pessoas mascaradas muito bonitas”, diz Maria, que gostaria de ter ido mascarada de Branca de Neve. Já o pequeno Guilherme mascarou-se “de careto”. Já Catarina diz que “é uma festa bonita e com muita diversão”. Já Alexandro confessa que gosta “do Carnaval”, porque pode “estar disfarçado”.
Na sexta-feira a junta de freguesia organiza também o Carnaval dos idosos das IPSS’s da cidade.


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

Retirado do blogue "memórias... e outras coisas..."

domingo, 12 de fevereiro de 2012

31ª entrevista - Procurador Geral Adjunto, Dr. Nuno Augusto Aires

Aqui está a 31ª entrevista. O nosso entrevistado desta semana é natural de Cardanha, Torre de Moncorvo. Vive em Lisboa e é pai de dois filhos.
O seu pai era de Gebelim, Alfândega da Fé, e foi ali que Nuno Aires fez a sua preparação para o exame de admissão ao Liceu de Bragança. Desde 21 de março de 2001 é Presidente da Direção da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa. Em 2001, já nessa qualidade, participou e foi eleito Presidente da Direção das Casas de Trás-os-Montes e Alto Douro da diáspora. Igualmente nessa dupla qualidade é Vice-presidente da Comissão Executiva do III Congresso e Presidente da Mesa do mesmo Congresso, realizado em Bragança, entre 26 e 28 de setembro de 2002.

Fotografias de Cardanha, terra natal do nosso entrevistado. Foram retiradas do site da Junta de Freguesia de Cardanha.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Entrevista: Doutor Armando Queijo - Instituto Jean Piaget Nordeste

Nasceu em Grijó, Macedo de Cavaleiros. É, portanto, um transmontano de gema. A exemplo do que temos feito ao longo destas entrevistas perguntamos-lhe que recordações guarda da sua meninice?

Naturalmente muitas. O local onde nascemos é sempre um local muito especial, onde guardamos vivências de criança, mimados pelos pais enquanto somos pequenos e, portanto, todos aqueles espaços rurais onde nascemos, têm sempre um significado muito especial para cada um de nós, e eu sou como as outras pessoas, não fujo à regra, portanto. É sempre com muito gosto e muita alegria que visito a localidade onde nasci, Grijó; aliás, mantive sempre um contacto muito directo com a minha terra, felizmente e, Graças a Deus, os meus pais são, ainda, ambos vivos e, posso dizer que, todos os dias visito os meus pais e aquela localidade. Praticamente, sempre que lá vou, descubro uma coisa nova. Isso torna-se interessante. Por mais vezes que a gente veja e verifique os locais, há sempre algo de novo a descobrir. É uma terra com muito encanto como muitas outras mas, como é óbvio, com um significado especial para mim porque nasci lá.

Frequentou a escola primária na sua aldeia, seguindo então para o seminário de São José em Vinhais. Como foi essa transição?

Não foi fácil! Tinha dez anos de idade, nunca tinha saído de casa. O mundo era totalmente estranho, não havia as vivências que há hoje. Recordo bem um misto de receio por um lado mas, de expectativa por outro. As malas que eu levava eram maiores que eu, o meu pai acompanhou-me à estação de caminhos-de-ferro em Grijó, hoje desactivada, a linha do Tua, infelizmente para todos nós e ali disse-me: “Rapaz, vais até Bragança e, quando aí chegares, tiras as malas e apanhas a camioneta que vai para Vinhais.” Eu respondi: “Vamos ver se sou capaz de dar conta do recado.” O que é certo é que pelos vistos dei, porque quando dei por ela já estava a sair da camioneta em Vinhais e a entrar no seminário. Era para mim um espaço novo, um espaço muito importante, porque aí iniciei toda a minha formação e ganhei hábitos de trabalho, de disciplina e de educação. Devo dizer-lhe, muito importantes, que me nortearam e têm-me norteado todos estes anos da minha vida.

Continuou os seus estudos no Seminário Maior de Bragança até ao 7º ano e depois optou por fazer o curso de filosofia na universidade do Porto. Porquê esta mudança de percurso?

Bom, nós sabemos que esse seminário é uma casa de formação e que se destina, essencialmente, a formar padres. É essa a vocação essencial do seminário, o que não significa que todos os que vão para o seminário venham depois a ser sacerdotes, a ser padres. É uma descoberta que se vai fazendo ao longo deste caminho, e eu passei sete anos no seminário, dois no Seminário Menor de S. José em Vinhais e os restantes no Seminário Maior de S. José de Bragança. Foram sete anos muito importantes. São aqueles anos muito marcantes na vida de qualquer pessoa, da adolescência, da juvenilidade, em que todos nós projectamos o futuro e, como já disse e repito, muito devo ao seminário relativamente à minha formação, desde os princípios de educação, de estudo, de trabalho, de metodologias mas, também, ao mesmo tempo, esses sete anos foram permitindo verificar que a minha vocação era outra, não a de sacerdote. Podia ter sido, mas não era essa a vocação e, portanto, o 7º ano é, de facto, uma altura de opção: ou se continuava no seminário ou se optava por outra via.
Tinha descoberto que a vocação de sacerdote não era a minha e, assim sendo, havia que enveredar por outro caminho que, no meu caso, era prosseguir os estudos na universidade. Sempre gostei da área das humanidades, dos estudos humanísticos, das ciências sociais e da educação e entendi, na altura, que o curso de filosofia era aquele que melhor correspondia aos meus desejos. Daí ter ingressado na universidade do Porto na faculdade de letras, um curso que fiz com muito gosto. Não é mais nem menos importante; foi um curso que eu gostei de fazer.

Na altura em que entrou para a universidade estávamos em pleno período revolucionário, 25 de Abril. Como foi viver essa experiência?

Biografia: Professor Doutor Armando Queijo - Instituto Jean Piaget Nordeste

Armando Martinho Cordeiro Queijo, nasceu em Grijó concelho de Macedo de Cavaleiros a 26 de setembro de 1955.
É casado e pai de dois filhos; reside em Macedo de Cavaleiros.
Fez os seus estudos em vinhais e Bragança, tendo estado no seminário de S. José até ao 7º ano.
No ano de 1974 ingressou no curso de filosofia na faculdade de letras na Universidade do Porto onde se licenciou.
Em 1995 matriculou-se na universidade de Valladolid, Espanha, para realizar o doutoramento na área de sociologia, ciências naturais e da educação.
Actualmente encontra-se na redacção final da tese de doutoramento subordinada ao tema: "Violência Escolar - Disciplina e Indisciplina na Escola: Análise do Distrito de Bragança" 
De 1990 a 1998 foi fundador e director do Campus Académico do Instituto Piaget Nordeste em Macedo de Cavaleiros.
Actualmente é director do Campus Académico e Universitário Jean Piaget em Mirandela.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Olá amigos!

O nosso entrevistado do próximo domingo é o Dr. Nuno Augusto Aires, procurador geral adjunto, natural de Cardanha, concelho de Torre de Moncorvo, nasceu em 18 de agosto de 1948, casado, pai de 2 filhos, a viver e a trabalhar em Lisboa há mais de 26 anos. É o presidente da casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Lisboa.
Esta será a 31ª entrevista que publicaremos.

Mara e Marcolino Cepeda

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sem fazer alarde

parecem meninos
calcorreando poeiras
cósmicas, talvez,
pois só os meninos
sabem os porquês

os montes observam
em mudo silêncio
todas as palavras
levadas pelo vento

todas consumidas
pela escassez do tempo
sussurram segredos
nas lufadas de vento

quantos segredos
escondem as palavras!
impacientes
cuidam de pensar
que o tempo se esgota
em horas de calar

e quais borboletas
batem as asas
fingindo flores
de incertezas tantas
cai
a noite
entoando cantos

como se folhas fossem
uma por uma, penduro-as
nas árvores onde
sem fazer alarde
dançam ventanias!

ninguém responde

Mara Cepeda