sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Singela homenagem a um filho da terra: Hirondino da Paixão Fernandes


“E pelo Parâmio se quedou (para onde é que haveria de ir!), jogando a porca, ou brincadeira que a valha, até que entrou para a escola primária, já um tudo-nada tarde, porque tinha a “trave” - ainda recorda a intervenção (cirúrgica), no cimo das escaleiras da casa, com uma vulgaríssima tesoura de costura, “samumbém” enferrujada e “roma”, mas esterilizada... com algum "bucho" de aguardente).”
Doutor Hirondino, como seu antigo aluno, não resisti a fazer uso desta bela frase que faz parte do seu currículo e reporta-nos à sua infância. Fale-nos da sua meninice.

Não sei a bem dizer, o que deverei lembrar, tive uma meninice como todos os demais, uma meninice, como já frisou, a jogar a “porca”, o “tirolilo”, jogos que tínhamos na altura. Um pouco depois ia com as vacas para o lameiro, mesmo em período de férias e, depois foi deixar o Parâmio e vir para Bragança.

De que forma o facto de ter nascido nesta região o marcou?

Marcou-me profundamente. É esta região que tenho sempre presente em mim. Concluí a universidade e vim para Bragança. Podia ter ido para longe, mas não o fiz, fiz o estágio e vim para Bragança e, uma vez em Bragança, sabendo que, mais dia, menos dia sairia de cá, fui para Coimbra e, uma vez mais em Coimbra lá estou eu, sempre a pensar em Bragança. Prova disso a Bibliografia do Distrito de Bragança, pequenos outros trabalhos, mas múltiplos, todos eles tendo como pano de fundo coisas da nossa terra.


(Parte integrante da entrevista que nos concedeu)

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