quinta-feira, 23 de março de 2023

INCONSEQUÊNCIA (Maria Cepeda)



23 de março de 2023. Cá chegados, com afazeres vários, vivemos um dia de cada vez. Um... dois... três... 

Nada de estranho se passa no Reino da Dinamarca! 

Nada? Tens a certeza? Vê bem, não vá o diabo tecê-las... olha que as vidas podem ser belas... ou não.

Que devemos fazer então? 

Viver, resposta óbvia. Ou morrer... assim como quem não quer a coisa, como quem... 

Que disparate de texto é este? Estás tola ou o que?

Nem uma coisa nem outra. Apenas estou. Enquanto viver, saberei quem sou.

Gosto disto. Anseio por poder fazer este jogo de palavras.

Pode parecer inconsequente, infantil, incoerente...

Pode parecer um pouco "EU" quando estou relaxada, quando não estou em quase nada.

Como se nada fosse neste alvorecer, neste acordar mecânico de hora marcada.

Ainda não sou. Espero por ser. 

Neste meio tempo de horas perdidas, vivo vidas que não são minhas...

É hora de crescer. É o momento que se esvazia, que teima em querer, como se cada dia me fosse perder por montes e vales, por socalcos e rios, por nada fazer...

Então, porque não fazes? Porquê esta entrega "À PENA DE MIM?"

Neste diálogo surdo, tão meu que dói, sei que me encontro na dor que corrói a minha certeza de fazer o que posso, mesmo estando tão triste.

Tão triste? Sempre de sorriso aberto nos lábios bonitos?

Essa tristeza só a mim pertence. Só a mim cabe. As vidas que tenho só Deus é que sabe.

Todos os dias à hora marcada, desperto inquieta por não fazer nada. 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário