sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

IPB VAI TRANSFORMAR EDIFÍCIOS DO ESTADO SEM OCUPAÇÃO EM RESIDÊNCIAS DE ESTUDANTES



Alguns imóveis já estão identificados e deverão ter obras através do Fundo de Investimento Imobiliário.

O Instituto Politécnico de Bragança quer utilizar vários edifícios públicos desocupados, quer em Bragança quer Mirandela, como residências de estudantes e para que possam servir de alojamento.
Pretende-se assim aliviar a pressão imobiliária que nos últimos anos tem criado dificuldades aos estudantes do Politécnico na hora de alugar quarto.
“Há um conjunto de edifícios que foram identificados para serem afectos a residências de estudantes, sendo que o mais provável é uma residência do Ministério da Educação e outros edifícios de outros ministérios também sem uso”, referiu o presidente do IPB, Orlando Rodrigues.
O processo passará agora pela avaliação por parte da entidade que vai gerir o processo, a Fundiestamo, quanto à disponibilidade dos edifícios, às condições e necessidades de obras de cada um. Uma antiga residência de estudantes em Bragança é uma das possibilidades mais fortes, mas há também património que pertence aos ministérios da Agricultura, das Finanças e até de uma instituição militar.
“Com maior probabilidade de vir rapidamente a ser afectos a estudantes do ensino superior, há uma antiga residência da Direcção Regional de Educação do Norte, que já não está a ser utilizada actualmente, na Estacada. Precisa de algumas obras, mas já há um entendimento com o ministério da Educação”, avançou.
O presidente da instituição de ensino superior espera que ainda este ano haja mais camas disponíveis para os estudantes. “Gostaríamos que alguns desses edifícios pudessem estar disponíveis no princípio do próximo ano lectivo”, afirma. No entanto, admite que “a probabilidade disso acontecer não é muito grande, porque ainda há processos de avaliação que têm de ser feitos pela Fundiestamo e em alguns edifícios as obras ainda têm algum significado”. Orlando Rodrigues acredita, ainda assim, que “o processo se desbloqueará e que as obras possam começar rapidamente”.
Com a utilização destes edifícios serão disponibilizados mais de 100 vagas em alojamento para estudantes, e espera-se que assim seja possível contribuir para estabilizar a oferta e a procura imobiliária. “Estas acções que estamos a fazer têm o objectivo de equilibrar o mercado, criar mais oferta e impedir que os preços subam exageradamente”, afirmou.
No entanto, o responsável do IPB defende que “o problema só se resolve através dos privados, estamos certos que o mercado de arrendamento evoluirá no sentido de satisfazer esta procura crescente de forma equilibrada sem que os preços subam exageradamente”.
Actualmente, o IPB disponibiliza cerca de 300 lugares em residências de estudantes, mas estas vagas não dão resposta a todos aos alunos carenciados. Mais de 70% dos cerca de 8000 alunos do Politécnico de Bragança são de fora da região e necessitam de alojamento.

Escrito por: Jornalista Olga Telo Cordeiro

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