domingo, 5 de março de 2017

Projecto da auto-estrada entre Quintanilha e Zamora desbloqueado




O ministério do fomento espanhol anunciou sábado que aprovou o projecto da auto-estrada “del Duero”.
O projecto para a construção da auto-estrada entre a capital zamorana e Quintanilha está agora em consulta pública durante um mês.
O ministério da economia espanhol desbloqueou os trâmites necessários para a construção da auto-estrada A11, entre Zamora e a fronteira com Portugal, junto a Quintanilha.
Esta é a última fase do processo que levará à execução do projecto para a construção da auto-estrada, alternativa à estrada nacional 122.
O governo espanhol anunciou dia 25 de Fevereiro que aprova “provisoriamente” o documento técnico de “actualização do procedimento de avaliação ambiental da A-11, no troço Zamora-Fronteira portuguesa”, que inclui o estudo de impacto ambiental, de forma a colocá-lo em consulta pública, por um período de 30 dias.
Trata-se de uma extensão de 71,4 quilómetros e o custo estimado das obras ascende a 328 milhões de euros. A proposta divide-se em quatro projectos de traçado e construção: entre Zamora e Ricobayo, daqui até Fonfría, entre Fonfría e Alcañices e daqui até à fronteira.
O projecto compreende o itinerário da estrada N122, entre Zamora e Portugal, cujo traçado terá duas faixas de rodagem em cada sentido. O projecto que segue as indicações do estudo de impacto ambiental prevê a redução do número de viadutos. Outra das alterações deste novo plano é que se mudou para sul a variante a Alcanices, para evitar a intrusão visual no núcleo urbano. Para além disso, o ministério da economia informa que no troço final, aproveita-se a variante da estrada nacional 122 de San Martín del Pedroso, evitando-se desta forma a construção de um túnel anteriormente previsto, para não colidir com o castro do Monte Pedroso, declarado bem de interesse cultural.
O presidente do município de Bragança, Hernâni Dias, já se congratulou com esta notícia. “Está cada vez mais próximo esta concretização que há muito tempo é ansiada pelo lado português e espanhol”, sublinhou.
Ao mesmo tempo frisa que esta resolução “só peca por tardia”, já que a A4 estende-se até à fronteira e Portugal concluiu a ponte internacional para permitir a continuação da ligação a Espanha.
Para além disso alerta que esta “não é uma obra para começar amanhã, terá agora que seguir toda a tramitação normal” e que “nesta fase ainda não há garantia de financiamento da obra, não foram ainda disponibilizados os mais de 300 milhões que custa a obra para ser concretizada”. No entanto mostra-se satisfeito por este “último passo” que há tantos anos era pedido. “É o passo que faltava para que a obra possa avançar num período mais curto”, referiu o autarca de Bragança.
O presidente do município explicou ainda que depois de finalizado este processo, o governo espanhol tem dois anos para desenvolver o projecto e começar as obras.
O autarca considera que esta solução não é incompatível com a melhoria da ligação Bragança-Puebla de Sanábria.
“Temos vindo a lutar por esta ligação e esta notícia agora só nos pode dar ainda mais força para que avançando uma possa avançar também a outra. Sob o ponto de vista estratégico tão importante é uma como a outra. Ambas são importantes, uma para um lado, a outra para o outro”, sublinha ainda.

Escrito por: Jornalista Olga Telo Cordeiro

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