terça-feira, 18 de outubro de 2016

Duas investigadoras do IPB entre as mais influentes do mundo



Fazem investigação na área agroalimentar e integram o grupo restrito de um por cento dos cientistas mais citados em todo o mundo.
Duas investigadoras do Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) integram o ranking internacional dos mais influentes da Thomson Reuters. Estão no grupo restrito de um por cento dos cientistas mais citados em todo o mundo, surgindo entre os 132 cientistas mais influentes na área de ciências agrícolas.
São as únicas mulheres e as únicas cientistas de um politécnico entre os seis portugueses que figuram na lista.
Depois da bioquímica Isabel Ferreira já no ano passado ter liderado esta lista entre os portugueses, lugar que repete, em 2016 mais uma investigadora do politécnico, Lillian Barros, surge agora no segundo lugar do ranking dos cientistas mais citados na área agroalimentar, um ranking que incluiu no total seis investigadores portugueses.
Fazem parte da mesma equipa, o BioChemCore, liderada por Isabel Ferreira, que foi a primeira investigadora portuguesa a aparecer no ranking, que trabalha num projecto que desenvolve aditivos naturais, como corantes e conservantes, para substituir compostos sintéticos.
A investigadora frisa que não trabalha para entrar em rankings, mas aprecia o reconhecimento.
“É muito importante, embora a investigação e ciência que fazemos não seja a pensar em rankings, mas é sempre um reconhecimento muito importante e motivador”, frisa.
Isabel Ferreira salienta o facto de por mais um ano ser possível “manter o Instituto Politécnico tão bem representado neste ranking”. A inclusão na lista é também recebida como “um reconhecimento do percurso que não vem só de agora porque este é um prémio cumulativo que vem de toda a investigação produzida desde há 16 anos e que ultimamente se tem consolidado em torno dos novos aditivos naturais, para substituir corantes e conservantes artificiais na indústria alimentar”.
De acordo com a investigadora os resultados têm enorme potencial em muitos outros sectores, nomeadamente têxtil, o farmacêutico e o cosmético, o que dá mais visibilidade à pesquisa e componentes desenvolvidos pela equipa de cerca de 40 pessoas, entre os quais 12 em pós-doutoramento.
Lillian Barros está também orgulhosa com esta entrada na lista e acredita que este tipo de distinção pode ser uma motivação para quem estuda no IPB.
“Isso é extremamente importante e um reconhecimento de todo o trabalho que temos tido ao longo destes anos, é um grande orgulho integrar esta equipa e ver que o nosso trabalho está a ser reconhecido”, afirma.
A investigadora da área de engenharia de biotecnologia considera que “é um orgulho para quem estuda no IPB haver duas investigadoras que integram essa lista porque no nosso país não são muitos e pode ser um motivo pelo qual eles possam continuar nesta área de investigação”.

Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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