terça-feira, 18 de outubro de 2016

A Rádio Brigantia tem 30 anos



Já são muitas as histórias desta rádio, tantas que não é possível, para não ser injusto, contá-las em tão curto espaço de jornal.
Queremos partilhar apenas com os leitores algumas caras e depoimentos de quem já por cá passou e deixou saudades.

João Faiões
(jornalista SIC)
Lembro-me bem como tudo começou. Foram quatro amigos que me desafiaram a criarmos juntos uma rádio em Bragança, visto que, na altura, estávamos nos meados dos anos oitenta, esta era a única capital de distrito que não tinha uma rádio. Como eu já estava a fazer rádio naquela altura na Antena 1, no Porto, era o único que tinha alguns conhecimentos técnicos, daí o desafio que acabei por aceitar. Fundámos assim a Rádio Brigantia. Nessa altura, quando a rádio começou a funcionar, passava uma semana lá no Porto e outra cá em Bragança.

Afonso de Sousa
(jornalista da Rádio TSF)
Foi no início do Verão de 1987 que conheci a Brigantia e foi logo amor à primeira vista. Estive lá um mês. Aquele ambiente, ainda muito “pirata” e “naif” impregnou-se-me na pele e na vida. Voltei algum tempo depois, não muito, para continuar uma vida que, obviamente não sabia, me traria até hoje com esse vício.
A Brigantia faz anos e todos os que por lá passámos também. Estamos todos de parabéns. Foi lá e com ela que aprendi o essencial de “fazer rádio”. Foi lá, com ela e com mais alguns que crescemos juntos, que fizemos sempre por fazer o melhor e por aprender sempre mais.
A Brigantia faz anos e está mais crescida e madura. É feminina e toca-nos no coração. No dia 17 de Outubro damos-lhe os parabéns e por força do que hoje somos, temos também que alargar os abraços aos quatro “maduros” que lhe deram ser, Faiões, Sidónio, Pinheiro e Raposo.
Obrigado e parabéns, rádio do “nosso” coração.

Ana Fragoso
(assessoria e comunicação)
A Brigantia foi a minha verdadeira escola de jornalismo. Foram dez anos de aprendizagem constante, de amizade, de trabalho, de alegria. Ser jornalista sempre foi a minha grande paixão e, particularmente, trabalhar na rádio a minha maior realização. A Brigantia era a rádio do instantâneo, do direto, do atrevimento, da aventura. Como jornalista vivia de microfone na mão, sempre na rua, sempre em contacto com a população, com os decisores políticos, sempre em permanente comunicação. Saí com saudade e mantenho na minha gaveta das boas e grandes recordações muitas das aventuras que vivi na rádio do coração. Ouvir o nome Rádio Brigantia ainda me faz sorrir.
Parabéns a todos aqueles que por lá passaram e a todos quantos a mantêm viva até hoje.

Liliana Carona
(jornalista Rádio Renascença)
Foi em 2008 que cheguei a Bragança, sem conhecer ninguém, depois de ter enviado currículos para todo o país em busca de um lugar ao sol na rádio. A “Brigantia” respondeu-me, dizendo que teria que passar por uma semana à experiência. Fui gentilmente recebida pelo João Faiões e pela doce Ana Fragoso, conheci o Paulo Afonso, a comunicativa Carla Ferreira, o divertido Sidónio e pouco tempo mais tarde, a Sandra Bento que viria a ser a chefe de redação, exigente e competente como só ela sabia ser. Toda a equipa dotada de um profissionalismo raro. O Paulo Afonso era quase que um “chato”, na parte da dicção/locução radiofónica, mas graças a ele aprendi muito nessa área da colocação de voz e postura frente ao microfone. Quis o destino que a minha permanência ali, durasse pouco mais de um ano, mas não há uma só entrevista, uma só conquista profissional, em que eu não recorde, sem falsas modéstias, que comecei com os melhores, numa das melhores terras do mundo: Bragança, ou direi Brigantia? Tenho saudades vossas e das torradas gigantes com pão a sério.


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